sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

PLANTIO DE MARACUJÁ NO NORTE DO ESPIRITO SANTO

O Espírito Santo é um estado famoso por sua produção de petróleo e suas plantações de café conilon, além de ter praias maravilhosas e pessoal hospitaleiro. 

A agricultura no estado é algo muito forte e fomenta praticamente a renda de todo o estado, junto com o petróleo. Além do café conilon, várias outras culturas se destacam no estado do Espirito Santo sendo seguida pelo mamão (principalmente o da variedade Hawaii), a pimenta do reino, o tomate, coco e o Maracujá, dentre outras culturas.

Pensando nisso, pensei em começar a fazer diversas matérias sobre as culturas e as pessoas do estado do Espírito Santo, para divulgar o trabalho destas pessoas que nos alimentam e que produzem o seu sustento através de uma agricultura familiar ou industrial que levam até seus frutos até os cantos mais distantes da Terra, através da exportação de alguns de seus produtos. 

A CULTURA DO MARACUJÁ: 




Família: Passifloraceae
Nomes populares: Maracujá, maracujá-mirim, maracujá-suspiro, maracujá-peroba, maracujá-pequeno, flor-da-paixão
Nome em inglês: Passion fruit
Origem: Provavelmente Brasil

O maracujá é uma planta de clima tropical com ampla distribuição geográfica. A cultura do maracujá está em franca expansão tanto para a produção de frutas para consumo "in natura" como para a produção de suco. O Brasil é o primeiro produtor mundial de maracujá.
fonte: EMBRAPA 
link: https://www.embrapa.br/mandioca-e-fruticultura/cultivos/maracuja



O maracujá é uma cultura de clima tropical e subtropical que necessita de muita luz solar e água para se desenvolver. A adubação e o molhamento das plantas deve ser feita de maneira equilibrada a fim de promover o desenvolvimento adequado das plantas. 
Uma das coisas mais importantes no plantio de maracujá é a aquisição das mudas, que deve vir de viveiros idôneos e credenciados. Mudas de má qualidade e sem procedência, pode implicar em transmissão de doenças que até pode inviabilizar a produção do maracujazeiro.










Foto: Allandickson Morais

Imagem 01: mudas de maracujá recém chegadas para plantio.










Foto: Allandickson Morais



Imagem 02: no detalhe o produtor mostra o enraizamento das mudas feitas em tubetes. 

Como o foco quase sempre no Espírito Santo é o café conilon, as culturas como o maracujá e o mamão, normalmente são plantadas em consórcio com o mesmo, a fim de aproveitar melhor as áreas de plantio dos produtores até que o café venha a produzir e a gerar lucros. 











Foto: Allandickson Morais



Imagem 03: no detalhe muda de maracujá recém plantada entre mudas de café conilon.

Logo após o plantio o produtor, usou herbicida pré-emergente na linha de plantio, para evitar a concorrência com as plantas daninhas  para as mesmas não atrapalhem o desenvolvimento do café e do maracujá. 
Tratos culturais bem feitos e 











Foto: Allandickson Morais



Imagem 04: na linha de plantio foi usado herbicida pré-emergente e entre as linhas será passada a grade aradora ou aplicação de herbicida a base de paraquat para controle do mato.






















sábado, 6 de setembro de 2014

MONITORAMENTO DE PRAGAS DA SOJA PARTE 1

MONITORAMENTO DE PRAGAS DA SOJA PARTE 1


1.0 - INTRODUÇÃO:

Este trabalho será dividido em várias partes para que possamos aprender o monitoramento
de pragas da soja de forma gradativa, com uma linguagem simples e de fácil entendimento.

Existem várias formas de se fazer o monitoramento de pragas assim como diversos métodos para realizá-lo. Cabe a cada empresa ou família, buscar a que melhor maneira e a que melhor se adapta a sua propriedade.

O foco inicial está na metodologia a ser empregada e aqui estaremos utilizando a mais 
comum metodologia a qual será detalhada a partir de agora.


2.0 - MATERIAIS E FERRAMENTAS:

Primeiro precisamos de ferramentas (materiais) que irão nos auxiliar na avaliação à campo,
estas ferramentas básicas são:


2.1. Trena ou metro: 
Foto 2: modelo de trena meramente ilustrativo. 
Fonte: http://www.pedreirao.com.br/wp-content/uploads/2012/06/trena.jpg

Função: será usada para medir a altura da planta e a distância de 1 metro linear onde procuramos saber quantas plantas existem em 1 metro de linda.



2.2: Lupa de no mínimo 10x de aumento:


Foto 3: modelo de lupa de boa qualidade meramente ilustrativa. 
Fonte: https://www.roldaojoias.com/data/arquivos/produtos/3352_gg.jpg

Função: a lupa é uma das ferramentas mais úteis para o técnico e/ou Engenheiro Agrônomo a campo, pois a mesma auxilia a visualização de ovos (postura de insetos) e esporos dos fungos, além de facilitar a visualização de manchas necróticas e cloroses nas folhas. A lupa ideal deve ter mínimo de 30x de aumento.



2.3: Garrafa térmica para reidratação: 



Foto 4: foto de uma garrafa térmica de boa qualidade meramente ilustrativa. 
Fonte: https://www.roldaojoias.com/data/arquivos/produtos/3352_gg.jpg

Função: armazenar algum tipo de líquido para reidratação do monitor de pragas. 



2.4: Mapa da área, que terá a função inicial de deixar o monitor situado na área para que não haja confusão nas identificações dos talhões:



Foto 5: modelo de um mapa de alguma propriedade contendo as subdivisões em talhões. 
Fonte: http://www.amatabrasil.com.br/arquivos/mapoteca/detalhe/ilha_verde_op_1953.jpg

Função: armazenar algum tipo de líquido para reidratação. Aconselho a cada funcionário ou monitor ter sua própria garrafa térmica e considero a mesma um item indispensável apesar de ser difícil de carregar.



2.5: Prancheta ou tablet com programa específico (MIP), contendo os dados necessários para preenchimento e posterior avaliação do Engenheiro Agrônomo responsável. Abaixo modelo de ficha sugerido pela EMBRAPA:



Foto 1: Ficha de monitoramento sugerida pela EMBRAPA.
Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/ficha_000g0gwu92o02wx5ok026zxpgtpdh87r.jpg


Este modelo de ficha poderá ser impresso e utilizado pelo produtor, basta clicar sobre a imagem e imprimi-la.


Função: a ficha de monitoramento servirá para contabilizarmos a quantidade de pragas e aparecimento de doenças no campo. Se houver alguma observação como: plantas daninhas, falha de plantio, mancha de nematoide, etc. poderemos colocar na mesma ficha, pois será de grande auxílio para o agrônomo na tomada de decisão.



2.6: Caneta esferográfica de cor preta ou azul:








Foto 6: caneta esferográfica de boa qualidade.
Fonte: http://meusonhar.com.br/wp-content/uploads/2014/11/sonhar-com-caneta.jpg

Função: anotações na ficha de monitoramento ou qualquer outra anotação e/ou observações.



2.7. Capa de chuva:




Foto 7: capa de chuva para proteção por eventuais precipitações.
Fonte: http://www.grupobt.com.br/wwwroot/produtos/218/Capa_de_Chuva_de_PVC.jpg


Função: proteção contra precipitação, ou, o orvalho no período da manhã quando a soja está grande.



2.8. Mochila:




Foto 8: se possível carregue tudo em uma mochila pequena
para evitar lesões a sua coluna vertebral.
Fonte: http://www.ffesportes.com.br/imagens/ffesportes.com.br/produtos/Mochilas/ff_mochila005.JPG


Função: levar os itens pequenos acima descritos.



2.9. Perneiras:




Foto 9: par de perneiras para proteção contra animais peçonhentos.
Fonte: http://www.fourseg.com/liq/upload/conteudo_editor/perneira5T.jpg

Função: proteção contra picadas de cobras.




2.10. Boné árabe, Chapéu, etc:



Foto 10: boné-árebe
Fonte: http://isolemar.com/wp-content/uploads/2013/04/bone-arabe.jpg

Função: proteção contra raios solares.



2.11. Protetor ou filtro solar mínimo fator 30:





Foto 11: protetor solar
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD1UDofdrI5Pf-0fdtiB4BuTnic4kpgRgqyuQYcmY-CeIlvjUw7rGvXkV077V35YZ2rjafBIoaX6SQ7OU_pZlvRJ00lp9LRPMlmE2a4vdcqJcP3-h0udFEnTm64KKZC2D4oM_EcPbbJRWp/s320/1101protetor-solar.jpg

Função: proteção contra raios solares.




2.12. Óculos de proteção:





Foto 12: óculos de proteção.
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD1UDofdrI5Pf-0fdtiB4BuTnic4kpgRgqyuQYcmY-CeIlvjUw7rGvXkV077V35YZ2rjafBIoaX6SQ7OU_pZlvRJ00lp9LRPMlmE2a4vdcqJcP3-h0udFEnTm64KKZC2D4oM_EcPbbJRWp/s320/1101protetor-solar.jpg

Função: proteção contra raios solares. Não utilizar o óculos no meio do talhão enquanto estiver realizando o monitoramento, pois atrapalha a visualização das pragas e doenças.



3.0.DICAS:

1. Procure carregar sempre o essencial, não leve muito peso. 

2. Sempre leve sua própria garrafa, pois desidratação é coisa séria.

3. Sempre leve um chapéu ou boné e sempre use o filtro solar. 

4. Utilize roupas claras de coloração branca preferencialmente, evite cores como amarelo e azul, pois estas cores podem atrair determinados insetos que podem provocar picadas, como as abelhas.

5. Nunca deixe de utilizar as perneiras, pois acidentes com animais peçonhentos são de extrema gravidade. É dever do empregador fornecer os EPI's aos funcionários e obrigação
do funcionário utiliza-lo; 


Foto 13: No centro da imagem uma cobra da espécie Jararaca. Fiquem muito atentos e sempre usem as suas perneiras. 
Esta foto foi tirada na Faz. Amizade no Município de Correntina-Ba, em janeiro de 2014.
Foto: Allandickson Morais



4 - Como é feito o monitoramento? 

O monitoramento geralmente é feito por duas pessoas que entram no talhão ao mesmo tempo e em pontos diferentes no mesmo. O caminhamento deve ser feito em ZIG-ZAG, em "V" ou em "W" também conhecido como caminhamento tipo "M".  

Devem ser feitos pelo menos 10 pontos em cada talhão, que pode ser dividido 5 para um monitor e outros 5 para o outro.

O primeiro passo ao chegar no talhão é definir com seu colega de monitoramento o caminhamento a ser feito, pois isso irá determinar o grau de esforço da dupla e a precisão do monitoramento. Feito a escolha cada um deve entrar em lugares distintos no talhão como mostram as fotos abaixo: 



4.1.Tipos de caminhamentos: 

4.1.1. Caminhamento em ZIG-ZAG:
Foto 14: caminhamento em zig-zag.
Fonte: http://amostragem.pragas.zip.net/images/Caminhamento.png

O caminhamento em zig-zag exigirá da dupla um maior esforço físico dos mesmos, só que se consegue cobrir mais homogeneamente a área a ser monitorada, resultando numa melhor efetividade.



4.1.2. Caminhamento em  "V":
Foto 15: caminhamento em "V".
Esquema Allandickson Morais 

O caminhamento em "V" é um caminhamento que exige menos esforço físico da dupla, más que pode ser efetivo desde que seja bem realizado.



4.1.3. Caminhamento em "W" ou "M":



Foto 16: caminhamento em "W" ou em "M".
Esquema Allandickson Morais 


O caminhamento em "W" ou em "M" é um dos caminhamentos mais realizados para o monitoramento da soja. Trata-se de um caminhamento que cobre bem a área e que ao menos tempo não exige tanto esforço dos monitores, portanto um caminhamento bom de ser utilizado em áreas acima de 50ha.

Existem inúmeros outros tipos de caminhamentos, sendo que não indico o chamado caminhamento em linha tipo "linha reta", pois pode haver furos ou falhas no monitoramento, o que pode acarretar em perda parcial ou total do talhão, por ataque de pragas e doenças.



Após definir-se o caminhamento a dupla provavelmente entrará num talhão onde as primeiras plantas terão emergido, tendo apenas o primeiro par de folhas cotiledonares.


É de suma importância que o monitor crie o hábito de estudar para que possa conhecer detalhes das pragas e doenças que irão aparecer no futuro. 

Uma das coisas que considero pertinente é o conhecimento sobre os estádios fenológicos da planta. Segue abaixo esquema para estudo.




Foto 17: a ilustração acima mostra todas fases de crescimento
da soja. Clique na imagem para ampliar




Foto 18: a ilustração acima mostra as fases de crescimento
da soja e as principais pragas que atacam em cada fase.
 Clique na imagem para ampliar

Fonte:http://www.pioneersementes.com.br/PublishingImages/Artigos/Cuidados-Soja-Nas-Fases-Iniciais-Crescimento-Fases-Importantes-Soja-Epoca-Maior-Probabilidade-Ataque-Insetos.jpg




5. Primeiro contato com a lavoura de soja:


Logo que você chega em um talhão recém plantado a imagem que vocês virão será provavelmente parecida com a imagem abaixo (Foto 19). Plantas recém emergidas com seu primeiro par de folhas cotiledonares e com seu primeiro par de folhas verdadeiras brotando ou recém brotadas. 



Foto 19:  talhão onde foi plantada a soja, 2 dias 
após a germinação das sementes.
Imagem: Allandickson Morais

Pois bem nesta fase provavelmente ainda não teremos as lagartas propriamente ditas em nossa lavoura e se tivermos ainda serão poucas. O foco aqui serão os ovos das lagartas e suas mariposas. Outro ponto importante seria o conhecimento das ervas-daninhas existentes na área o que provoca a disseminação de pragas e doenças no talhão.


Vamos começar falando de alguns ovos de lagartas que consideramos importantes sem falar em suas mariposas. Aqui não vou mostrar todos os tipos pois quero que vocês também se esforcem para buscar materiais de estudo.



Antes que eu me esqueça segue abaixo o link de um material ótimo para identificação e classificação das ervas-daninhas do Brasil.

LINK: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfwG0AK/manual-identificacao-plantas-infestantes



Estude muito bem este material disponível acima, será necessário ter uma conta no EBAH para fazer o Download.





5.1 - Alguns tipos de ovos ou posturas de lagartas:



5.1.1. Helicoverpa:

Praga mais temida atualmente por causa do seu alto poder destrutivo nas lavouras a Helicoverpa armígera tem o ovo de coloração amarelada. Pode ser confundido com o ovo da Heliothis variensis, pois as duas lagartas são consideradas Lagartas das Maçãs.


FOTO 20: No detalhe o ovo da Helicoverpa.
Fonte: http://www.cnpso.embrapa.br/helicoverpa/vagens_large/_1796339924.jpg



DICA: Não se preocupe com essa diferenciação inicial dos ovos dessas duas lagartas, pois o tratamento e o combate as duas pragas serão parecidos.



5.1.2. Spodoptera:


A Spodoptera frugiperda, ou, Lagarta Militar ou Lagarta do Cartucho do Milho: na foto baixo temos a massa de ovos ou postura em massa como é comumente chamada. É uma praga muito perigosa se não tratada com o devido respeito, pois é capaz de colocar entre 300-400 ovos ou mais de uma só vez. Alimenta-se com muita voracidade e provoca danos à cultura com muita rapidez.


FOTO 21: postura em massa da Spodoptera.
Fonte: http://bayercontralagartas.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/Spodoptera-eridanea_ovo1.jpg





5.1.3. Pseudoplusia includans ou Lagarta Falsa medideira:


Ovo da falsa medideira ou Pseudoplusia includans. Na verdade essa praga já possui outro nome Chrisodeixis includans, só que a chamaremos de Plusia ou Pseudoplusia ou Falsa medideira em nosso trabalho. Ovo de coloração branca ou transparente com ranhuras que partem do centro para as extremidades.


FOTO 22: postura da falsa medideira, com suas estrias longitudinais.
Fonte: http://bayercontralagartas.com.br/portal/wp-content/uploads/2013/10/Spodoptera-eridanea_ovo1.jpg
Fonte: http://www.ceresconsultoria.com.br/noticias/imagens/Wed%20Feb%2023%2020-54-55.jpg


DICA: costuma atacar a soja somente a partir da fase reprodutiva. Vamos abordar o assunto mais a frente onde irei detalhar cada praga separadamente.




5.2. Iniciando o monitoramento:



Após chegar no talhão, vamos inicialmente nos atentar para uniformidade da área e procurar não escolher os pontos que vamos parar. Verifique se existem ervas-daninhas, manchas de nematoides e/ou qualquer outra coisa que chame sua atenção. 

Pensando que o caminhamento também já foi decidido vamos adentrar e realizar o caminhamento parando 5 vezes para verificação das pragas e doenças.

Escolhido o ponto, pegue sua trena e meça 1 metro no chão como mostram as fotos a baixo.


Foto 23: mostrando as plantas com seus primeiros pares de folhas verdadeiras.
Trena medindo 1 metro a nível do solo.
Imagem: Allandickson Morais


Foto 24: plantas com um pouco mais de folhas verdadeiras.
Trena medindo 1 metro a nível do solo. É possível observar folhas raspadas pelas
lagartas.
Imagem: Allandickson Morais


Foto 15: mostrando as plantas com seus primeiros pares de folhas verdadeiras.


Foto 16: detalhe da folha aparentando ter deficiência nutricional ou 
alguma doença bacteriana ou viral. 
Obs.: não ser preocupe com isso no início, pois doenças na soja 
em fase inicial é são muito raras. Foque apenas nas pragas. 

Foto 17: no detalhe uma lagarta tipo grande alimentando-se 
das folhas jovens (Lagarta da maçã - Heliotes variensis).


Foto 18: com a utilização da lupa é possível observar detalhes da praga e das folhas.


O MATERIAL AINDA ESTÁ EM EDIÇÃO POR MIM ALLANDICKSON MORAIS. 
AVISAREI PELO MEU FACEBOOK QUANDO FICAR PRONTO.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Virose na Abóbora

As viroses na abóbora como em qualquer cultivar é de suma importância
para o agricultor, uma vez que provoca danos e prejuízos financeiros, podendo
afetar a área foliar (redução na produção) e deformações em geral como:
Folhas, Flores e Frutos. 

O mais comum é a transmissão do vírus por um agente externo, como os insetos 
fitófagos (que se alimentam da seiva das plantas ou insetos sugadores). Danos
físicos e mecânicos podem potencializar a transmissão desta doença.

Como é feita a transmissão do vírus?

Vale a pena dizer que o vírus é transmitido para a planta de uma outra planta 
comumente uma erva-daninha que está nas proximidades ou até mesmo dentro 
da lavoura. 

A transmissão é feita por insetos sugadores como: a Mosca-branca (Bemisia
tabaci raça B), Pelo Pulgão-verde (Aphis melifera) e pelo Trips (Frankliella 
chultzei). Da mesma forma o percevejo poderá transmitir este tipo de doença
uma vez que é um inseto sugador, no entanto é improvável que isso aconteça
com as cucurbitáceas.

O processo de transmissão se dá da seguinte forma: 

1. O inseto sugador faz a picada de prova numa planta daninha e é infectado 
pelo vírus (o vírus não prejudica o inseto);

2. O inseto infectado ao fazer a picada de prova ou ao se alimentar das folhas 
da abóbora, cultura em questão, transmite a virose ou doença;

3. A planta infectada começa a ficar com sintomas característicos da  doença, 
que serão sitados a baixo.

As fotos abaixo mostram casos de uma lavoura de abóbora infectada pelo vírus 
do mosaico das cucurbitáceas.

O que fazer para evitar ou minimizar a transmissão?

1. Adotar boas práticas culturais na lavoura;
2. Fazer a capina mecânica, manual ou química, para eliminar o vetor
(plantas daninhas);
3. Olhar a direção do vento que promove a disseminação mais 
rápida da doença por causa do hábito de voo dos insetos 
transmissores;
4. Fazer aplicação de inseticidas sempre que possível para eliminar os 
transmissores (Mosca-branca, Trips e Pulgão);
5. Verificar a existência de viroses na área antes da implantação da 
lavoura;



Foto 1: no detalhe as folhas da abóbora encarquilhadas (curvadas) com sintomas da doença.
Imagem: Allandickson Morais

Foto 2: no detalhe folhas com o sintoma característico da doença do mosaico.
Apresenta encarquilhamento e protuberâncias verde escura e amarelecimento 
entre as nervuras.
Imagem: Allandickson Morais

Foto 3: no detalhe o fruto deformado pelo vírus do mosaico. O fruto apresenta 
as nervuras amareladas e as protuberâncias de coloração verde escura.
Esta diferença gritante de coloração e a forma com que é disposta lembrando 
um mosaico (pedaços) dá nome a doença.
Imagem: Allandickson Morais

Foto 4: lavoura de abóbora atacada pelo mosaico juntamente com uma 
doença fúngica chamada Míldio.
Imagem: Allandickson Morais

Foto 5: do lado direito da foto, a lavoura de abóbora atacada pelo mosaico 
juntamente com uma doença fúngica chamada Míldio. Do lado esquerdo a
lavoura recém plantada de Melancia que é uma cucurbitácea assim como 
a abóbora. Isso implicará em infecção da lavoura de melancia.
Imagem: Allandickson Morais


As práticas adotadas para a abóbora no sentido de combate a doença 
podem ser aplicadas para as demais cucurbitáceas.

Não existe um defensivo que elimine ou que combata diretamente o 
vírus, existem somente formas de tentar evitar a entrada e a disseminação da 
doença na lavoura e\ou entre lavouras.


Eng. Agrônomo: Allandickson Morais
e-mail: agrohelp@gmail.com 
Fones: (77)-9985-9818 (77)-9151-9156

POR FAVOR COMENTE A POSTAGEM E NOS DÊ SUA SUGESTÃO VIA E-MAIL 
OU PELO CAMPO DE MENSAGENS PRESENTE NO SITE.



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Larva Minadora dos Citrus.

A Larva Minadora dos Citros, Phyllocnistis citrella, foi detectada no 
Brasil no início de 1996 e se espalhou, em poucos meses, por todas as 
regiões do país.
Ataca brotações novas de todas as variedades cítricas. Os ovos são 
depositados nas folhas novas, de onde emerge a larva, que se alimenta
da folha formando galerias. Normalmente ataca folhas, no entanto, em 
alta população, pode ser observada nos ramos das vegetações novas 
e em frutos. No final da sua fase de larva, a Minadora migra para a 
borda das folhas onde constrói um casulo que a abrigará durante a fase 
de pupa, até se tornar adulta.
A sua presença nos pomares favorece a contaminação pela 
bactéria do Cancro Cítrico.


Sintomas

As larvas provocam a formação de
galerias nos tecidos das folhas.
Essas galerias aparecem inicialmente
como um pequeno risco de coloração
branca e posteriormente vão formando
um zigue-zague mais largo. Elas atacam
as duas faces da folha e pode-se observar
a presença de mais de uma larva em cada folha.


Controle

Devido à sua preferência por vegetações novas, o controle deve ser feito 
no início da primavera, quando é observado o estágio inicial das brotações,
período de desenvolvimento da larva. O controle da praga é importante pois 
diminui as chances do pomar ser contaminado pelo Cancro Cítrico e evita 
que as plantas fiquem debilitadas pela ação da própria Minadora.

No entanto, antes de se iniciar o controle é preciso conhecer a 
incidência da praga nos talhões:
  • Divida a propriedade em talhões de aproximadamente 2 mil plantas.
  • Em cada talhão escolha aleatoriamente 1% delas (20 árvores)
  • para fazer o levantamento das plantas em formação ou em produção
  • que estejam na fase de vegetação.
  • Examine em cada planta alguns ponteiros de ramos recém brotados 
  • e anote se há ou não a presença da praga. A presença é positiva quando
  • há na folha pelo menos uma larva que esteja no primeiro ou segundo estágio.
    - 1o estágio: larva cuja cabeça é maior que o corpo
    - 2o estágio: larva que se encontra em galerias ainda pouco desenvolvidas, 
  • ainda estão distantes da lateral da folha
O controle deve ser adotado em pomares novos quando o talhão apresentar 
10% de ramos com larvas vivas no primeiro e segundo estágio e no caso de
pomares adultos, quando 30% de ramos apresentarem larvas no primeiro e 
segundo estágio. No entanto, se a propriedade estiver em uma área crítica 
com relação aoCancro Cítrico ou se o pomar teve registro de contaminação 
pela doença, o controle deve ser feito mesmo que haja apenas uma única 
larva no talhão.

Controle Químico
Depois de conhecida a incidência nos talhões, o controle químico é feito 
por meio de pulverizações e devem ser aplicados produtos seletivos aos 
inimigos naturais da Larva Minadora.
Antes da aplicação dos defensivos, solicite a orientação de um agrônomo 
para conhecer as doses corretas, a garantia de registro, seletividade aos 
inimigos naturais e uso de equipamentos de proteção.


Produtos Recomendados
PRINCÍPIO ATIVOGRUPO QUÍMICO
AbamectinAvermectina
LufenuronBenzoylureia
ImidaclopridChloronicotinyl
PyridaphenthionOrganofosforado
DiflubenzuronBenzoylureia
TebufenozoideDiacylhydrazida
AcephateOrganofosforado
ChlorpyriphosOrganofosforado
DeltamethrinPiretróide
Óleos Minerais-
(testes realizados pela Gravena Manejo Ecológico)

Fonte: AGROBYTE.COM.BR
URL: http://www.agrobyte.com.br/minadora.htm

No detalhe galeria feita pela praga e no final no lado esquerdo da imagem 
a larva minadora com coloração amarelada, preparando-se para empupar.
Imagem: Allandickson Morais



Imagem: Allandickson Morais

Imagem: Allandickson Morais

Necrose provocada pela praga.
Imagem: Allandickson Morais

Encarquilhamento das folhas apicais (mais novas), provocado pela larva.
Imagem: Allandickson Morais

Propriedade com cerca de 3ha de tangerina pokan. Irrigação por micro-aspersor.
Imagem: Allandickson Morais

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