terça-feira, 10 de junho de 2008

ANÁLISE DE CRESCIMENTO

ANALISE DE CRESCIMENTO DE PLANTAS

O crescimento, em plantas, é definido como um aumento irreversível de volume, que resulta em mudanças no tamanho e no peso e tem caráter quantitativo.

O desenvolvimento, envolve na diferenciação e crescimento experimentados pela planta.

A analise de crescimento tem por finalidade interpretar analiticamente o crescimento de uma planta.

Objetiva-se com este tipo de analise, avaliar a produção liquida das plantas, derivada principalmente do processo fotossintético, durante um certo período.

Cerca de 90%, em média, da matéria seca acumulada pelas plantas, resultam da atividade fotossintética. (o restante advém da absorção de nutrientes);

Embora quantitativamente de menor expressão, os nutrientes minerais são indispensáveis ao crescimento e ao desenvolvimento do vegetal.

De modo geral, a fotossíntese liquida, é o aspecto fisiológico de maior importância para a analise de crescimento.

A partir dos dados de crescimento, pode-se estimar, as causas de variação de crescimento entre cultivares ou entre plantas que crescem em ambientes diferentes.

Entre as diferentes condições ambientais, inclui-se a ocorrência das plantas daninhas.

Essas informações auxiliam na seleção de materiais mais promissores.

Grande parte do crescimento ocorrido é irrelevante para novas etapas, já que a maior parte dos tecidos já constituídos é caracterizada por material inerte.

Por esta razão, considera-se que, somente os materistemas tem relação direta com o crescimento, pois, é o local onde se dá a multiplicação de células.

A curva clássica de crescimento de uma planta apresenta-se forma sigmoidal, onde três fases podem ser identificadas.

Fase 1 (fase lag) – representada pela germinação das sementes, registra-se uma pequena redução na quantidade de matéria seca.

A reidratação das sementes reativa a respiração, que oxida vários compostos orgânicos presentes nos tecidos de reserva.

Fase 2 – aumento da matéria seca, causado pelo acumulo de compostos formados a partir da incorporação de CO2, além da absorção de nutrientes pelas raízes.

Esta fase é inicialmente bastante intensa, adquirindo em seguida um perfil mais linear e ao final, reduz o seu ritmo de crescimento.

Fase 3 – a quantidade de matéria seca tende a se estabilizar como conseqüência do equilíbrio entre a formação de novos tecidos e os processos de senescência e abscisão.

COLETA DE DADOS:

O tamanho da comunidade em estudo, os tipos de plantas a serem avaliadas, os ciclos, os hábito de crescimento, etc. Vão determinar os critérios para a coleta de dados.

O tamanho da amostra refere-se ao número de plantas colhidas ou à vegetação que cobre uma determinada área de solo (vai depender de dois aspectos):

1- do n° de plantas disponíveis, ou da área total a ser mostrada;

2- do n° de amostragens a serem realizadas durante todo o período de observação;

A coleta de dados, realizada em intervalos de tempo reduzidos, permite monitoramento de alterações de tamanho ou de peso.

Se a coleta de dados dor feita utilizando métodos destrutivos, poderá comprometer a disponibilidade de plantas para amostragens futuras.

Coletas realizadas com maior freqüência exigem maior disponibilidade de tempo e dedicação do pesquisador.

Coletas realizadas em intervalos de tempo dilatados sacrificam um número menor de plantas, o que pode ser levado em conta quando a disponibilidade de plantas é limitada.

Entretanto, este procedimento tem, como desvantagem, o risco maior de não conseguir detectar alterações de tamanho e de peso ocorridas em cuto prazo.

MEDIDAS DE CRESCIMENTO:

Os tipos de medidas a serem realizadas dependem de vários aspectos:

· Objetivos do experimentador (mais importante);

· Disponibilidade do material a ser estudado; de mão-de-obra; de tempo do experimentador ou da equipe; de equipamento para executar as medidas.

O crescimento de uma planta pode ser estudado utilizando-se diferentes tipos de medidas:

MEDIDAS LINEARES:

Altura de planta;

Comprimento e diâmetro de folha;

Comprimento de ramificações;

Comprimento de entre-nos;

Comprimento e diâmetro de inflorescências, infrutescências, sementes, etc.

As medidas lineares podem ser efetuadas com o uso de equipamentos simples, como régua graduada em milímetros, ou o paquímetro.

Essas medidas não requerem destruição de plantas, exceto quando as medições são realizadas em órgãos de difícil acesso como as raízes.

São muito úteis e em alguns casos as únicas possíveis de serem feitas quando se tem pouco material vegetal disponível.

Dependendo do número de plantas, pode-se medir todas elas ou marcar um número determinado de plantas que serão medidas durante todo o período de observação.

MEDIDAS DE SUPERFÍCIE:

Estimam a evolução do crescimento da superfície de um determinado órgão da planta – em geral as folhas.

Somente as folhas adultas completamente expandidas e efetivamente expostas à radiação luminosa plena podem ser consideradas como área foliar fotossinteticamente útil.

1. Métodos dos quadrados ou pontos: utiliza-se geralmente um material transparente quadriculado ou com pontuações eqüidistantes, com medidas conhecidas.

2. Uso de áreas conhecidas de lâminas: neste caso, pode-se fazer uso de furadores cilíndricos que poderão retirar discos foliares de área conhecida (área interna do cilindro).

Os discos de folhas retirados e o restante das folhas usada para a retirada dos discos e as não usadas são acondicionada em sacos de papel separadamente e levadas à estufa para secagem.

A área dessas folhas (Af) é estimada a partir da relação entre:

1. a matéria seca dos discos (Msd);

2. a área total dos discos;

3. Uso das figuras geométricas: este método possibilita obter a área (A) foliar através da relação entre o maior comprimento (C) da folha e a sua maior largura (L), sendo que o valor obtido irá representar a área de um retângulo.

4. Planímetro: a partir de encontros foliares, impressos em papel, estima-se a área real pelo uso de planímetro.

5. Medidor de área foliar: é u equipamento integrador de área foliar, exigindo grande habilidade do operador. È considerado de grande precisão, mas envolve custos para a sua aquisição.

6. Contornos foliares (método da xérox): imprime-se uma folha em um página de papel ofício.

As dimensões do papel e o seu peso devem ser previamente conhecidos.

Em seguida, recorta-se cuidadosamente os contornos foliares impressos no papel e verifica-se o seu peso.

Utilizando-se de uma regra de três simples, obtém-se a área dos contornos foliares.

MEDIDAS DE PESO:

Contribuição relativa dos principais elementos químicos que compõem a matéria seca dos vegetais (C, O2, H e outros minerais);

Do ponto de vista quantitativo, a fotossíntese é o fenômeno responsável por aproximadamente 90% do peso da matéria seca acumulada pela planta.

O ganho real de fitomassa é representado pela medição do acumulo de matéria seca pelos vegetais.

Para se medir o acumulo de matéria seca, é inevitável o uso de métodos destrutivos, já que a planta precisa ser submetida a um processo de secagem, de modo a eliminar totalmente a água presente em seus tecidos.

A secagem pode ser feita colocando-se o material vegetal em estufa com circulação forçada de ar, sob temperatura estável de 70 °C, até que o peso do material se torne constante - em geral a partir de 18 horas.

Temperaturas inferiores e superiores a 70 °C não são recomendáveis, a fim de se evitar, respectivamente, prolongamento do período de secagem e risco de carbonização do material – o que acarretaria redução do peso da matéria seca.

ANÁLISE QUANTITATIVA DE CRESCIMENTO:

Destina-se a avaliação da população liquida das plantas.

A analise de crescimento é processada a partir da interpretação dos dados obtidos por medidas de crescimento, os quais se baseiam, em geral nos seguintes parâmetros avaliativos: Taxa de Crescimento Absoluto (TCA); Taxa de Crescimento Relativo (TCR); Taxa Assimilatória Liquida (TAL); Razão de Área Foliar (RAF); Razão de Peso Foliar (RPF); Área Foliar Especifica (AFE); Índice de Área Foliar (DAF); Taxa de Crescimento da Cultura (TCC).

TAXA DE CRESCIMENTO ABSOLUTO (TCA):

Representa a variação de crescimento (comprimento, área ou peso) – da planta, num determinado intervalo de tempo, sem levar em consideração os valores pré-existentes, anteriores a essa variação (parâmetro de uso limitado).

Na pratica, serve como um indicador da velocidade de crescimento.

TACA DE CRESCIMENTO RELATIVO (TCR):

Representa a variação de crescimento (comprimento, área ou peso), da planta, num determinado intervalo de tempo, levando-se em consideração os valores pré-existentes, anteriores a cada variação.

A TCR pode ser avaliada tanto de valores instantâneos como por valores médios.

A TCR, pode levar em conta os valores pré-existentes, expressa de forma mais adequada o maior ritmo de crescimento demonstrado pela planta pequena, em relação à planta grande.

RAZÃO DE AREA FOLIAR (RAF):

É a relação entre área foliar total e o peso de toda planta.

A RAF é a área foliar em dm2, que está sendo usada pela planta para produzir 1 grama de matéria seca.

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