quarta-feira, 23 de setembro de 2009

MAMONA

MAMONA


Maiores produtores mundiais: Índia, China, Brasil, Etiópia, Tailândia. Biodiesel: Pode ser feito com qualquer óleo vegetal ou animal, glicerídico, mas o da mamona é um dos melhores. É o mais denso, e viscoso de todos os óleos, sendo quase 11 vezes mais viscoso que o óleo de soja, e, na natureza, é o único óleo glicerídico solúvel em álcool a frio.

O biodiesel: é o produto de uma transestirificação entre álcool (metanol ou etanol) e o óleo na presença de um catalisador, que, em geral, é o NaOH produzido, como subproduto, cerca de 10% de glicerina. O rendimento com o óleo de mamona é muito elevado, visto que 1 litro de óleo fornece 1 litro de biodiesel, e o álcool é em parte recuperado, sobrando à glicerina que tem diversas aplicações industriais. Têm-se, ainda, o ecodiesel que é qualquer mistura entre o diesel e o biodiesel, como a B20 (20% de biodiesel + 80% do diesel de petróleo). O óleo de mamona produz lubrificantes altamente resistentes, bem melhores que os lubrificantes de petróleo, podendo os veículos ultrapassar de 50.000 km sem troca de óleo. O Brasil importa o diesel mineral (10 bilhões/l/ano). Com o uso do biodiesel, a poluição da atmosfera é quase nula, não tendo enxofre e produzindo menos CO2 para atmosfera que o diesel. O biodiesel pode ser usado puro ou misturado com o diesel em qualquer proporção, sem a necessidade de modificações nos atuais motores a diesel fabricados no Brasil.

Origem da mamona: Nativa da Etiópia e cultivada em regiões tropicais. Características do óleo: Rendimento: 100 kg de sementes equivalem a 450 kg de óleo, 500 kg de torta, 50 kg de perdas.

Principais características: Alta densidade, inexpansividade, viscosidade, ponto de congelamento = -50°C, ponto de inflamação = 270°C.

Usos: Fabricação de tintas e vernizes, cosméticos e agrotóxicos, usos em aviões, amaciantes de carne, lentes de contato, instrumentos cirúrgicos, próteses.

Toxidade:

Ricina:
proteína, não é encontrada no óleo, extraído a frio, maior concentração nas sementes. Ricinina: Alcalóide.
Compostos alergênicos: afeta lavradores, urticária, irritação nos olhos, problemas respiratórios, dor de cabeça.

Porte: Baixo: até 1,7 m de altura, adaptabilidade à colheita mecânica, facilidade de aplicação de defensivos, resistência a ventos, facilidade na colheita manual, ramificação fechada, espaçamento 1x1 ou 1,5x1,0 m, gasto com sementes = 17 a 25 kg/há.

Médio: Variedade Paraguaçu, 1,7 a 2,0 m de altura, espaçamento 1,5 a 1,75x0,8 a 1,0 ou 2x1, 3x1, 4x1 (solos férteis), gasto com sementes = 12 a 15 kg/há.

Alto: Variedade Nordestina, 1,90 m de altura.

Principais requisitos de uma variedade: bom desenvolvimento e rusticidade, porte baixo, precocidade, frutos indeiscentes, produtividade maior que 3000 kg/há, teor de óleo maior que 50%, uniformidade de maturação, maior porcentagem de flores femininas, resistência a pragas e doenças.


Variedades:

1 – BRS 188 Paraguaçu – porte baixo 1,60 m, frutos semi-deiscentes, floração de primeiro racemo 54 dias, peso de 100 sementes 71 g, teor de óleo 47,72%, produtividade média (sem adubação) 1500 kg/há, espaçamento 2x1 m e 4x1 m.

2 – BRS 149 Nordestina – porte 1,90 m, frutos semi-deiscentes, floração do primeiro racemo 50 dias, peso de 100 sementes 68 g, teor de óleo 48,90%, produtividade média (sem adubação) 1500 kg/há, espaçamento recomendado 2x1 m ou 4x1 m.

3 – IAC 80 – porte 2,5 a 3,5 m, frutos deiscentes, floração do primeiro racemo 54 dias, peso de 100 sementes 43 g, teor de óleo 47%, produtividade 1500 a 4000 kg/ há.

4 – Guarani – porte 1,80 a 2,0 m, frutos indeiscentes, peso de 100 sementes 43 g, teor de óleo 47%, produtividade 1500 a 4000 kg/há.

5 – Pernambucana – porte médio, frutos deiscentes, peso de 100 sementes 68 g, teor de óleo 47,28%, produtividade média 1300 kg/há.

6 – Baianita – porte médio, frutos deiscentes, peso de 100 sementes 68 g, teor de óleo 47,49%, produtividade média 1500 kg/há.

Clima: Temperatura ideal 20 a 30°C, precipitação ideal 750 a 1500 mm/ano, ventos (pouco resistentes), altitude 300 a 1500 m.

Relação entre altitude x latitude x teor de óleo: Maior latitude, menor temperatura, maior altitude é igual a menor teor de óleo.

Limites para a cultura: 47°N e 30°S.

Época de plantio: início do período chuvoso.

Plantio: profundidade 5 cm (para condições normais de umidade do solo, em solos mais secos a semente devem ter profundidade de até 10 cm), 2 a 3 sementes/cova, emergência 10 dias.

Tratos culturais:

Desbaste 30 a 40 dias (20 a 30 cm). Replantio na mesma época do desbaste.
Capação 1 m (porte alto). Decote 50 cm.
O decote e a capação são medidas que são aplicadas somente nas variedades de porte médio e/ou alto. A poda da mamoneira só é recomendada para sistema de plantio consorciado. Período crítico 60 a 70 dias após a emergência (2 a 3 capinas).

Colheita:

Início: deiscentes ¾ dos frutos do cacho secos, intervalo de 3 a 4 semanas, 3 a 4 colheitas.
Penteamento: operação para retirar os frutos dos cachos (racemo).
Secagem: Terreiros, frutos espalhados em camadas finas, revolvimento, período de 4 a 15 dias, frutos indeiscentes fermentação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentem este POST e cliquem nos anúcios de Publicidade para ajudar o nosso site a continuar sendo gratuíto!

Pesquisar no Agrohelp