domingo, 11 de outubro de 2009

MANCHA-PARDA


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ETIOLOGIA:

Nomes comuns da doença
Mancha-parda
Mancha-marrom
Agente causal
Bipolaris oryzae (B. de Haan) Subr. & Jain
Cochliobolus miyabeanus (Ito & Kurib.) Drech. & Dast.
Biologia do patógeno
Este fungo produz bastante micélio de cor escura, conidióforos marrom-claros a marrom-oliváceos, tornando-se mais claros no ápice, septados, eretos, retos a flexuosos, solitários ou em pequenos grupos. Conídios fusóides, obloclavados a quase cilíndricos, geralmente curvos, marrom claro a marrom dourado na maturidade. Apresentam de 6 a 14 septos, dimensões de 63 a 153 por 14 a 22 µm. Presença de hilo. Germinação em um ou ambos os pólos. Conídios imaturos (sub-hialinos) podem germinar em células intermediárias.


Importância da doença:

Doença muito importante em regiões tropicais, onde são comuns solos degradados. No RS pode ocasionar diminuição no percentual de emergência e morte de plântulas e somente em lavouras velhas com solos degradados, são encontrados casos severos da doença.

Sintomatologia:

Nas lavouras de arroz do Rio Grande do Sul, o sintoma desta doença ocorre mais nas folhas e glumas, mas pode ser encontrada no caules e sementes. Nas folhas, os sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de manchas na forma oval, de coloração marrom-escura, com bordos lisos e nunca dentados como na brusone. Com o envelhecimento, as manchas tornam-se mais claras no centro, podendo ser observadas com o auxílio de uma lupa de bolso, as formações negras do fungo. Quando o ataque é muito intenso, pode ocorrer a coalescência das manchas.

Sintoma morfológico: mancha

Ciclo da doença e epidemiologia:

A sobrevivência do patógeno se da em grão infectados, podendo assim sobreviver por mais de três anos; solo e restos culturais. Este fungo é altamente transmitido por sementes infectadas. As manchas nas folhas superiores são a fonte de inóculo para a infecção dos grãos. A doença é associada com o cultivo em solos deficientes em nutrientes, principalmente potássio. A deficiência e o excesso de nitrogênio mostram aumento de lesões de mancha parda nas folhas em solos de cerrado. O conteúdo de sílica nas folhas é negativamente correlacionado com a incidência de mancha parda nas folhas. A suscetibilidade à mancha parda aumenta com o aumento da idade da planta. As espiguetas são mais sensíveis à infecção nas fases de floração e leitoso. Alta umidade e temperaturas entre 20 e 30°C são ótimas para a infecção e o desenvolvimento da doença.


Práticas de manejo:

Uso de medidas preventivas para o controle da brusone e a aplicação de fungicidas de espectro de ação ampla atuam também no controle da mancha parda; uso do tratamento de sementes com fungicidas para eliminar o fungo B. oryzae das sementes, quando for necessário. O melhor método de controle da doença é a semeadura de cultivares resistentes.

Bibliografia consultada:

OU, S.H. Fungus diseases – Foliage diseases. In: Rice diseases. 2 ed. Kew: Surry, England. Commonwealth Mycological Institute. p. 109-246. 1985.

BEDENDO, I.P. Doenças do arroz (Oryza sativa). In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.; REZENDE, J.A.M. Manual de Fitopatologia: doenças de plantas cultivadas. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 3ed, v.2, p. 85-104. 1997.

POTAFOS. Doenças do arroz. Arquivo do agrônomo nº 10. Piracicaba. SP. SETEMBRO. 1995

Autor(es):
Gustavo R.D. Funck
Rubens Cherubini Alves
Emerson Medeiros Del Ponte



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