quarta-feira, 3 de março de 2010

CULTURA DA MANDIOCA


  Mandioca


  • Classificação botânica
  • Clima e solo
  • Variedades
  • Escolha da área e preparo do solo
  • Manejo e Conservação do solo
  • Espaçamento e plantio
  • Calagem e adubação
  • Seleção e Preparo do Material de Plantio
  • Plantas Daninhas
  • Pragas
  • Doenças
  • Processamento e utilização
  • Aspectos Socioeconômicos, Comercialização e Custos de Produção

CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA voltar
1. A que ordem, família, gênero e espécie pertence a mandioca?
Nos últimos anos, houve um avanço significativo na sistemática vegetal a partir das contribuições da biologia molecular, principal-mente pelo seqüenciamento do gen rbcL, responsável pela codificação da subunidade maior da RUBISCO. Novos direciona-mentos tiveram que ser admitidos por força das evidências que foram surgindo, a ponto de serem criadas, em 1998, a APG I (Angiosperm Phylogeny Group) e, em 2003, a APG II que apresentam os mais recentes resultados obtidos por todos os pesquisadores na área de sistemática vegetal.
Como resultado dessas mudanças, termos como divisão, classe e subclasse foram ignorados nos trabalhos mais recentes, conservando-se apenas ordem e família como categorias hierárquicas acima de gênero. Dessa forma, a mandioca pertence à ordem Malpighiales, família Euphorbiaceae, gênero Manihot e espécie Manihot esculenta Crantz.


CLIMA E SOLOvoltar
2. A mandioca é originária de que continente?
A mandioca é uma planta de origem sul-americana, cultivada desde a Antigüidade pelos povos nativos desse continente. Oriunda de região tropical, encontra condições favoráveis para seu desen-volvimento em todos os climas tropicais e subtropicais.
3. Altitudes elevadas podem trazer algum problema ao cultivo da mandioca?
Altitudes elevadas são desfavoráveis à acumulação normal de amido na cultura da mandioca em decorrência das baixas temperaturas noturnas durante grande parte do ano e, diuturnamente, nas estações mais frias do ano.
4. Qual a faixa de temperatura ideal para o cultivo da mandioca?
A faixa de temperatura ideal para o cultivo da man-dioca situa-se entre os limites de 20°C e 27°C (média anual), en-quanto está temperatura ótima está em torno de 24°C e 25°C.
5. Qual a faixa mais adequada de precipitação pluvial para o cultivo da mandioca?
A precipitação pluvial é um dos fatores de maior importância para o cultivo da mandioca, por tratar-se de lavoura cultivada quase que exclusivamente sem irrigação. O regime de chuvas, considerado mais adequado, é a ocorrência de um total anual de 1.000 mm a 1.500 mm, com boa distribuição durante 6 a 8 meses do ciclo vegetativo.
6. Qual o tipo de solo ideal para o plantio da mandioca?
Por ser uma cultura cujo principal produto são as raízes, o tipo de solo ideal para a mandioca deve apresentar textura variando de franco-arenosa a argilo-arenosa, possibilitando fácil crescimento das raízes, boa drenagem e facilidade de colheita.
7. Por que solos argilosos são indesejáveis para o plantio de mandioca?
Solos argilosos não são recomendados para o cultivo da mandioca por serem mais compactos que os de textura média ou arenosa, o que dificulta o crescimento e engrossamento das raízes, além de apresentarem maior risco de encharcamento e dificultarem a colheita, principalmente se ela coincidir com a época seca. Existem variedades de mandioca adaptadas a solos argilosos, como o que ocorre no entorno de Manaus, AM, e em algumas outras localidades da Amazônia, onde o teor de argila ultrapassa 90% e a produção de raízes é satisfatória.

VARIEDADESvoltar
8. Quantas variedades de mandioca existem no Brasil?
A cultura da mandioca apresenta ampla variabilidade genética, representada pelo grande número de variedades disponíveis em todo o País. Até o momento, já foram catalogadas, no Brasil, mais de 4 mil variedades, mantidas em coleções e bancos de germoplasma de várias instituições de pesquisa.
9. Que problemas as variedades podem apresentar em virtude da diferença de clima e solo no Brasil?
A mandioca é considerada uma planta rústica e com ampla capacidade de adaptação às condições mais variadas de clima e solo. Independentemente de sua ampla variabilidade genética e de sua interação com o ambiente, os principais parâmetros ecológicos da mandioca são constituídos pela temperatura, pela radiação solar e fotoperíodo, pelo regime hídrico e pelo solo.
10. Que características devem apresentar as variedades reco-mendadas para a indústria de amido?
Para a indústria de amido, as variedades devem apresentar altos teores de amido nas raízes, polpa branca, córtex e película clara, ausência de cintas nas raízes, destaque fácil da película, raízes grossas e bem conformadas.

11. Que características devem apresentar as variedades reco-mendadas para a alimentação animal?
As variedades recomendadas para a alimentação animal devem apresentar alto rendimento de raízes e da parte aérea, boa retenção foliar, alto teor de proteína nas folhas e teor mínimo de ácido cianídrico, tanto nas folhas como nas raízes.
12. Quais as principais variedades de mandioca recomendadas para a Região Nordeste?
As principais variedades de mandioca recomendadas para a Região Nordeste são:

- Formosa
- Mani Branca
- Arari
- BRS Guaíra
- BRS Mulatinha
- BRS Dourada
- BRS Gema de Ovo
- Crioula
- Amansa Burro
- Rosa

13. Quais as variedades de mandioca recomendadas para a Região Sul?
As variedades de mandioca recomendadas para a Região Sul são:
- Fibra
- Olho Junto
- Fécula Branca
- Mico
- IAC 14
- IAC 13

14. Como as variedades de mandioca são classificadas de acordo com o ciclo?
O ciclo cultural da mandioca é o período que vai do plantio à colheita. Com base na duração desse ciclo as cultivares são classificadas em:
- Precoces (ciclo de 10 a 14 meses)
- Semiprecoces (ciclo de 14 a 16 meses)
- Tardias (ciclo maior que 18 meses)


ESCOLHA DA ÁREA E PREPARO DO SOLO voltar
15. Para que serve o preparo do solo?
O preparo do solo visa melhorar as condições físicas do solo para a brotação das manivas, o crescimento e engrossamento do sistema radicular e o desenvolvimento das partes vegetativas, mediante o aumento da aeração e da infiltração de água e a redução da resistência ao crescimento das raízes. O preparo do solo também ajuda no controle do mato e a incorporar e disponibilizar nutrientes para as plantas.
16. Quais as vantagens do preparo do solo em curva de nível?
O preparo do solo e o plantio em nível ("cortando" as águas) é uma prática conservacionista extremamente simples e que apresenta grande eficiência no combate à erosão. Essa prática forma, no terreno, pequenos camalhões transversais ao declive que, juntamente com a cultura implantada, servem de obstáculos à formação de enxurradas, incrementando assim a infiltração da água no solo e reduzindo a erosão.

MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO voltar
17. Qual a importância da análise de solo, antes do plantio, para o manejo e a conservação do solo na cultura da mandioca?
A análise de solo realizada antes do plantio possibilita a cor-reção da acidez e dos nutrientes do solo, de acordo com as recomen-dações para a cultura, o que assegura o melhor e mais rápido desenvolvimento das plantas, cobrindo mais rapidamente o solo e protegendo-o do impacto direto das gotas de chuva, que causam degradação da estrutura do solo e erosão, evitando, inclusive, o esgotamento dos nutrientes do solo.

ESPAÇAMENTO E PLANTIO voltar
18. Por que se deve utilizar a prática do consórcio no sistema de fileiras duplas?
Porque assim se obtém melhor e mais rápida cobertura do solo, na medida em que se associa o plantio de mandioca em linhas duplas, planta de crescimento inicial lento, com o plantio, nas entrelinhas, de uma leguminosa (preferencial) ou gramínea, de crescimento inicial mais rápido. Essa prática é, também, uma forma de incorporar resíduos vegetais (parte aérea e raízes) das culturas consortes nas entrelinhas, favorecendo a alternância, ano a ano, das linhas duplas de plantio com as entrelinhas, reduzindo assim a pressão de cultivo sobre o solo e possibilitando o uso contínuo da mesma área.
Todavia, se o plantio de mandioca em fileiras simples é suscetível à erosão, por causa da demora para cobrir o solo, o plantio em fileiras duplas, que foi criado para suprir essa e outras deficiências, utilizado sem consórcio seria mais erosivo que o plantio em fileiras simples, pois as áreas descobertas durante todo o ciclo da planta seriam maiores.


CALAGEM E ADUBAÇÃO voltar
19. A mandioca tolera as condições de acidez do solo?
Sim, a mandioca é uma planta que tolera a acidez do solo. Em condições de altas concentrações de hidrogênio (pH baixo) e alumínio, ela apresenta produção relativa superior à de outras culturas, como o feijão, a soja e o milho, por exemplo.
20. Por que não se deve aplicar mais de 1 t de calcário dolomí-tico por hectare?
Porque a mandioca não respon-de a doses altas de calcário dolomíti-co. Aliás, pode ocorrer até efeito negativo na produção, em geral pro-vocado pela indução de deficiência de zinco.
21. Qual a importância do fósforo para a mandioca?
O fósforo, de que os solos brasileiros são bastante carentes, é um dos principais elementos na produção de mandioca. Sua presença no solo, em doses equilibradas, atua diretamente sobre o aumento da produção de raízes e do teor de amido.

SELEÇÃO E PREPARO DO MATERIAL DE PLANTIOvoltar
22. Quais as vantagens da seleção e preparo do material de
plantio?

Entre os fatores determinantes do ótimo desempenho da mandioca, estão as técnicas relacionadas ao material de plantio, as quais, se adequadamente executadas, trarão incrementos à produção a custos menos onerosos. Além de reduzir e de evitar a introdução de pragas e doenças, a seleção do material de plantio permitirá boa brotação, emissão de brotos vigorosos, bem como uniformidade e vigor no estabelecimento do cultivo.
23. Que parte da haste pode ser utilizada para plantio?
Deve-se utilizar sempre o terço médio das hastes, eliminando-se a parte herbácea superior, que possui poucas reservas, e a parte basal, muito lenhosa e com gemas geralmente inviáveis.
24. Quais as principais características das manivas-semente?
As manivas-semente devem ter comprimento de 20 cm, com 5 a 7 gemas e diâmetro aproximado de 2 cm.

25. Quando é justificável a poda na cultura da mandioca?
A poda justifica-se nas seguintes circunstâncias:
- Quando se necessita de material para estabelecimento de novos plantios
- Como medida profilática no caso de alta infestação de pragas ou doenças
- Na utilização das ramas para alimentação animal
- Como medida de proteção em áreas sujeitas a geadas

26. Como definir a melhor época de plantio da mandioca?
A época de plantio é determinada pelas condições climáticas do local (principalmente disponibilidade de água no solo e temperatura), pelas características da variedade (ciclo e fases da cultura) e pelo destino da produção. Com respeito ao clima, deve-se também levar em consideração a freqüência de veranicos, o excesso de chuvas nas diferentes fases da cultura e as características do solo.
27. Qual a melhor época de plantio?
De modo geral, o plantio deve ser feito no início da estação chuvosa, quando a umidade e o calor tornam-se elementos essenciais para a brotação, enraizamento e estabelecimento das plantas no campo. Em decorrência da grande extensão territorial do Brasil e das diferenças regionais de clima e solo, o plantio da mandioca ocorre em diferentes épocas.
28. Qual o espaçamento recomendado para plantios em fileiras simples?
Vários tipos de espaçamento já foram experimentados para a mandioca. Nos cultivos em fileiras simples, os melhores rendimentos de raízes foram obtidos com os espaçamentos de 1 m x 50 cm e de 1 m x 60 cm.
29. Qual o melhor espaçamento para plantios em fileiras duplas?
O melhor espaçamento para plantios em fileiras duplas é de 2 m x 60 cm x 60 cm.
30. Qual o espaçamento recomendado quando se deseja produzir ramas para ração animal?
Quando se pretende produzir ramas para arraçoamento de animais, recomenda-se plantios adensados (altas populações) de 50 cm entre fileiras com manivas-semente de 50 cm de comprimento, colocadas nos sulcos de forma contínua.

PLANTAS DANINHAS voltar
31. Quais os métodos de controle de plantas daninhas em cultivos de mandioca?
São quatro os métodos de controle de plantas daninhas em cultivos de mandioca:
- Controle cultural
- Controle mecânico
- Controle químico
- Controle integrado
Controle cultural - Consiste em utilizar as características ecológicas das culturas e das plantas daninhas, no intuito de criar condições favoráveis para o rápido estabelecimento da mandioca, proporcionando-lhe vantagem no balanço competitivo com as invasoras na disputa por água e nutrientes. O sucesso dessa estratégia depende principalmente do preparo adequado do solo, da qualidade das manivas, da escolha da variedade adaptada ao ecossistema, da densidade de plantio, da rotação de culturas e do uso de cobertura verde.
A rotação de culturas é um meio cultural que impede o surgimento de altas populações de certas espécies de plantas daninhas adaptáveis a determinada cultura. Quando são aplicadas as mesmas práticas culturais seguidamente, ano após ano, no mesmo solo, a associação plantas daninhas-culturas tende a multiplicar-se, rapidamente, aumentando sua interferência sobre a cultura.
As coberturas verdes, como o feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), são culturas geralmente muito competitivas com as plantas daninhas. O objetivo principal do uso dessas coberturas é a melhoria das propriedades físicas e químicas do solo. Além disso, muitas dessas plantas possuem grande poder inibitório sobre determinadas invasoras, mesmo após o corte e formação de cobertura morta sobre o solo.

Controle mecânico - É realizado por meio de práticas de eliminação do mato, como o arranquio manual, a capina manual, a roçada e o cultivo mecanizado feito por cultivadores tracionados por animais ou por trator.
Atualmente, o custo de duas limpas com enxada para manter a cultura livre de competição por aproximadamente 100 dias (período crítico de interferência) gira em torno de 19% do custo total, reduzindo consideravelmente a renda líquida do produtor.

Controle químico - A maioria dos herbicidas utilizados no cultivo da mandioca são de pré-emergência total (antes da germinação do mato e da brotação da cultura) e aplicados logo após o plantio ou, no máximo, cinco dias depois. A escolha do herbicida depende das espécies de plantas daninhas pre-sentes e do custo do produto. Atualmente, uma aplicação da mistura de tanque do diuron + alachlor representa 8,5% do custo total de produção e substitui aproximadamente duas limpas com enxada. Essa mistura é de grande eficácia no controle de mono e dicotiledôneas em várias regiões do Brasil e de outros países.
A mandioca é uma planta que apresenta boa resistência a vários herbicidas, quando aplicados antes de sua brotação e nas doses recomendadas.

Controle integrado - Consiste na integração dos mé-todos químico, mecânico, biológico e cultural, com o objetivo de eliminar as deficiências de cada um deles e, assim, obter um resultado mais eficiente, redução de custos e menor impacto sobre o meio ambiente.
O uso de herbicidas nas linhas de plantio, combinado com o de cultivador a tração animal ou tratorizado nas entrelinhas da mandioca, tem proporcionado o mais baixo percentual de participação no custo total de produção em comparação com outros métodos mecânicos de controle.


PRAGASvoltar
32. Por que o mandarová é considerado uma das principais pragas da cultura da mandioca?
O mandarová é considerado uma das principais pragas da cultura da mandioca por causa de sua alta capacidade de consumo foliar, especialmente nos últimos ínstares larvais.
33. Que práticas podem contribuir para a redução das populações de pupas e adultos do mandarová?
A população de pupas pode ser reduzida com uma aração do terreno imediatamente depois da colheita, para enterrar parte das pupas e deixar as outras na superfície do solo para serem mortas pelos raios solares, ao passo que a população de adultos pode ser reduzida eliminando-se as plantas daninhas, especialmente as euforbiáceas, presentes na plantação ou em seus arredores, que servem de hospedeiras à praga.
34. Quais os principais inimigos naturais do mandarová?
Os principais inimigos naturais do mandarová são micro-himenópteros dos gêneros Trichogramma e Telenomusque parasitam os ovos, ao passo que o predador de ovos é Chrysopa. O díptero Chetogena floridensis parasita as lagartas e as vespas Polistes e Polybia agem como predadores.
35. Quais os danos provocados pelas altas populações da mosca-branca?
Quando em altas populações, a mosca-branca pode causar reduções no rendimento das raízes, especialmente se o ataque for muito prolongado, além de afetar a qualidade da farinha, uma vez que as raízes provenientes de plantas atacadas por esse inseto fornecem um produto com sabor amargo. O ataque também pode diminuir a qualidade e a quantidade do material de propagação.
36. Qual o método mais racional de controle da mosca-branca?
O uso de variedades mais tolerantes é o método mais racional de controle da mosca-branca.

DOENÇASvoltar
37. Quais as doenças mais importantes da mandioca?
A mandioca pode ser atacada por mais de 30 agentes dife-rentes, como bactérias, fungos, vírus, ou similares, e fitoplasma (micoplasmas). Dentre as doenças da cultura da mandioca no Brasil, destacam-se a podridão-radicular, a bacteriose, o superbrotamento e as viroses, por provocarem enormes prejuízos econômicos e elevarem os custos da lavoura com medidas de controle, especialmente insumos. Atualmente, a Embrapa dispõe de tecnologias capazes de solucionar com eficiência a maioria dos problemas provocados por essas doenças, destacando-se o uso de variedades tolerantes.
38. Quais os agentes causadores da podridão-radicular?
Entre os agentes causadores da podridão-radicular destacam-se a Phytophthorasp. e o Fusarium sp., não somente pela abrangência geográfica, mas principalmente por ocasionarem severas perdas na produção. Outros agentes causais como Diplodiasp., Sytalidiumsp. e Botriodiplodia sp. podem, em muitas áreas favorecidas por um microclima, tornar-se patógenos potencialmente prejudiciais à cultura.
39. Que medidas de controle da podridão-radicular são mais eficientes?
A medida mais eficiente de controle da podridão-radicular é o uso de variedades tolerantes. O uso de variedades tolerantes, entretanto, deve estar integrado a outras práticas culturais, como a rotação de culturas, o manejo físico e químico do solo, o sistema de cultivo e, até mesmo, o uso de microrganismos antagônicos para minimizar o efeito prejudicial da doença.

PROCESSAMENTO E UTILIZAÇÃO voltar
40. Que produtos podem ser extraídos da mandioca?
A mandioca é considerada a mais versátil das tuberosas tropicais por seus múltiplos usos culinários: minimamente processada, congelada ou refrigerada, pré-cozida e chips.
O processamento industrial da mandioca, no Brasil, concentra-se na produção de farinha, com cerca de 80%, na extração de fécula, com cerca de 3%, sendo o restante utilizado na alimentação animal.

41. Qual o processo mais comum para a fabricação de farinha?
Pode-se generalizar a fabricação da farinha nas seguintes etapas:
- Descascamento e lavagem
- Ralação ou moagem
- Prensagem
- Esfarelamento
- Torrefação ou secagem
- Classificação
- Embalagem

42. Como é classificada a farinha de mandioca no Brasil?
No Brasil, a farinha de mandioca é classificada em:
- Farinha seca
- Farinha d'água
- Farinha de raspa ou apara
- Farinha do Pará
- Farinhas temperadas

43. O que é farinha d'água?
É uma farinha muito consumida na Região Norte do Brasil, cuja produção consiste em colocar as raízes na água (de riachos, tanques de cimento) por um período de 3 a 5 dias, depois retira-se a casca (película e córtex), prensa-se e torra-se. A granulometria dessa farinha é bem encaroçada em relação à farinha tradicional.
44. O que significa amido e fécula?
Amido é o produto amiláceo extraído de partes aéreas comestíveis de vegetais (sementes, grãos).
Fécula é o produto amiláceo extraído das partes subterrâneas comestíveis de vegetais (raízes e tubérculos).


ASPECTOS
SOCIOECONÔMICOS, COMERCIALIZAÇÃO E CUSTOS DE PRODUÇÃOvoltar

45. Quais os principais produtos derivados da mandioca destinados ao consumo humano?
Os principais produtos derivados da mandioca destinados ao consumo humano são:
- Farinha de mandioca
- Fécula (ou amido) de mandioca
- Mandioca de mesa (macaxeira ou aipim)

Estima-se que 22,1% da produção nacional de mandioca seja destinada à produção de farinha, 10,0% à produção de fécula e 2,0% ao consumo in natura, como mandioca de mesa (macaxeira ou aipim).

46. Onde fica concentrada a produção de fécula no Brasil?

Segundo dados levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), a produção de fécula concentra-se nos estados do Paraná (64,5%), Mato Grosso do Sul (19,5), São Paulo (11,9%), Santa Catarina (3,9%) e Ceará (0,2%).
47. Quais os principais países de destino das exportações brasi-leiras de fécula de mandioca?
Nos últimos 5 anos, os principais países de destino das exportações brasileiras de fécula de mandioca foram:
- Venezuela
- Argentina
- Estados Unidos

48. Que países concorrem com o Brasil no mercado internacional de fécula de mandioca?
Os países que concorrem com o Brasil no mercado internacional de fécula de mandioca são:
- Tailândia
- Indonésia
- China
- Vietnam

49. Em que região e estado do Brasil verifica-se o maior consumo per capita de farinha de mandioca, nos domicílios?
O maior consumo de farinha, por domicílio, é observado na Região Norte (34,189 kg/hab./ano). Os estados com os maiores índices de consumo de farinha são:
- Pará (43,988 kg/hab./ano)
- Amazonas (43,778 kg/hab./ano)
- Amapá (32,376 kg/hab./ano)
- Bahia (25,449 kg/hab./ano)

50. Qual dos estados brasileiros é o maior consumidor de farinha de mandioca?
É o Estado da Bahia, que consome mais de 24% da produção de farinha de mandioca do Brasil.


CRÉDITOS: 

                           ESTE MATERIAL FOI INTEGRALMENTE COPIADO DO Site do Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical - EMBRAPA MANDIOCA E FRUTICULTURA TROPICAL.

 
 
 

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