Formigas
| O jeito certo de combater as formigas No calor, sua população aumenta e incomoda, mas apenas uma minoria é prejudicial. As temperaturas estão mais elevadas e, com isso, pragas típicas, urbanas e rurais, recomeçam a se movimentar. Uma das que mais incomodam é a formiga. Inseto de grande importância econômica, as formigas só não ocorrem nos pólos. Causam prejuízos no campo e nas cidades, e danos à saúde pública. Estima-se em 18 mil as espécies de formigas no mundo, sendo cerca de 10 mil conhecidas. Segundo o professor Odair Correa Bueno, do Centro de Estudos de Insetos Sociais do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP-Rio Claro), a maioria é benéfica. Algumas contribuem para a fertilização do solo e outras ajudam na polinização e no controle natural de pragas."Se tirarmos todos os cupins e formigas de uma floresta, ela morre", ilustra. "Apenas 1% do total de formigas virou praga e cerca de 50 espécies estão adaptadas ao ambiente urbano". De acordo com Bueno, de 2 mil espécies de formigas descritas no Brasil, 20 a 30 são pragas urbanas. Grande parte alimenta-se de sucos vegetais, seiva de plantas, néctar, substâncias e líquidos adocicados excretados por insetos. As carnívoras, como as lava-pés (Solenopsis spp), que vivem no campo e nas cidades, chegam a ser benéficas, pois alimentam-se de outros insetos, protegem as plantas e limpam o jardim. "Nas cidades, ocorrem nos gramados e sua picada dá alergia", diz. Elas danificam instalações elétricas e alimentam-se de partes jovens, néctar e raízes das plantas. "São agressivas e desalojam as espécies nativas." Segundo o pesquisador, as lava-pés, introduzidas nos EUA no fim do século passado, vindas em navios, causam problemas ao país. "Lá elas não tem inimigos naturais." Cortadeiras As formigas cortadeiras - quenquéns (Acromyrmex) e saúvas (Atta), cultivam o seu próprio alimento, os fungos, e causam danos às plantas. Elas ocorrem nas Américas e o maior número de espécies vive no Brasil. "Para manter o crescimento das colônias, as saúvas precisam de muitas folhas, por isso causam perdas grandes na agricultura", diz.Para ter-se idéia, o professor da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp-Botucatu, Luiz Carlos Forti, escreve, no manual Formigas cortadeiras, biologia, ecologia, danos e controle: "os prejuízos atingem até 14% em florestas de eucalipto e pinus, quando ocorrem mais de quatro colônias/hectare." Segundo ele, são necessárias 86 árvores de eucalipto e 161 de pinus para alimentar um sauveiro durante um ano. Já a quenquém, prossegue, causam prejuízo de até 30% em reflorestamento de eucaliptos quando há 200 colônias/hectare. Lavouras comercias também sofrem com o ataque. Forti afirma que a saúva mata-pasto (Atta bisphaerica) pode destruir até 3,2 toneladas de cana/hectare/formigueiro. Ambiente urbano Entre os insetos sociais, as formigas foram as que mais se adaptaram às cidades. Algumas causam problemas em indústrias de alimentos, padarias, restaurantes, escritórios, instituições de pesquisas, biotérios, zoológicos, museus, gabinetes de eletricidade e centrais telefônicas. Entre as formigas mais comuns nos centros urbanos estão as espécies introduzidas Tapinoma melanocephalum (formiga-fantasma); Paratrechina longicornis (formiga-louca); Monomorium pharaonis (formiga-do-faraó); Pheidole megacephala (formiga-cabeçuda); e as espécies nativas Wasmannia auropunctata (pequena formiga-de-fogo ou pixixica) e Lenipthema humile (formiga-argentina), além dos gêneros Camponotus (formiga-carpinteira); Crematogaster (formiga-acrobática) e Solenopis (lava-pé). Algumas representam perigo à saúde pública quando invadem hospitais. "Elas transportam microorganismos patogênicos, atuando como vetor mecânico", diz. Levantamento feito pelo professor Odair Bueno, em 12 hospitais do Estado de São Paulo, revelaram infestação de formigas de várias espécies, destacando a formiga-fantasma e a formiga-louca. Em um dos hospitais, no Sudeste, 16,5% das formigas coletadas tinham bactérias patogênicas. Os berçários e as UTIs foram as alas com maior índice de infestação, segundo Bueno. Ele diz que a presença de formigas em áreas críticas e a ocorrência de altas taxas de bactérias patogênicas associadas são riscos em potencial na infecção hospitalar. Fonte: Bete Melo - Jornal O Estado de S. Paulo - Suplemento Agrícola Como identificar as Formigas
Fonte: Odair Bueno do Centro de Estudos de Insetos (Ceis), da Unesp-Rio Claro (SP) |
Causam prejuízos no campo e nas cidades, e danos à saúde pública. Estima-se em 18 mil as espécies de formigas no mundo, sendo cerca de 10 mil conhecidas. Segundo o professor Odair Correa Bueno, do Centro de Estudos de Insetos Sociais do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP-Rio Claro), a maioria é benéfica. Algumas contribuem para a fertilização do solo e outras ajudam na polinização e no controle natural de pragas.
As formigas cortadeiras - quenquéns (Acromyrmex) e saúvas (Atta), cultivam o seu próprio alimento, os fungos, e causam danos às plantas. Elas ocorrem nas Américas e o maior número de espécies vive no Brasil. "Para manter o crescimento das colônias, as saúvas precisam de muitas folhas, por isso causam perdas grandes na agricultura", diz.





Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem este POST e cliquem nos anúcios de Publicidade para ajudar o nosso site a continuar sendo gratuíto!