Acidificação do Solo pelos Adubos Nitrogenados
Os solos podem ser originalmente ácidos, pobres em bases trocáveis. Há lixiviação de cátions como o Ca, Mg e K que são substituídos por H+ e Al+ trocável. Na absorção, a raiz troca cátions, presentes na solução do solo, por íons H+ ou OH-. Os adubos amoniacais e a uréia acidificam o solo, pois na nitrificação liberam H+. As colheitas removem cátions básicos do solo. Os fertilizantes são muito importantes para o aumento da produtividade das plantas. Eles são usados em larga escala pelos produtores. As plantas têm necessidade de nutrientes, presentes nas formulações químicas e orgânicas, para promoverem o seu desenvolvimento e produtividade.
Entretanto o uso contínuo de fertilizantes tem proporcionado a acidificação do solo. Há recomendações de alguns pesquisadores, na cana-de-açúcar, de aumentar em 20% a quantidade de calcário recomendada pela análise do solo, a fim de contornar este problema. Os adubos nitrogenados que contém amônia como, sulfato de amônio, nitrato de amônio, uréia e mais os fosfatos de amônio, causam a acidificação do solo pois liberam, na sua reação com o solo, íons H+.
Entretanto o uso contínuo de fertilizantes tem proporcionado a acidificação do solo. Há recomendações de alguns pesquisadores, na cana-de-açúcar, de aumentar em 20% a quantidade de calcário recomendada pela análise do solo, a fim de contornar este problema. Os adubos nitrogenados que contém amônia como, sulfato de amônio, nitrato de amônio, uréia e mais os fosfatos de amônio, causam a acidificação do solo pois liberam, na sua reação com o solo, íons H+.
Por exemplo, o sulfato de amônio, conforme Fig.1 descrito pelo Prof. Mauro Wagner de Oliveira - CECA-UFAL:
Na fig.1 temos 28g de N no sulfato de amônio, que na reação no solo, libera 4g H. O calcário (carbonato de cálcio (CaCO3), 100 g libera , pela reação no solo, 2g H. Ora, o sulfato de amônio liberou 4g N: então, serão precisos 200 g de CaCO3 com um PRNT de 100%.
200g CaCO3/28g N = 7,2. Isto é, 7,2 g de CaCO3 / 1,0 g de N
Ou seja, uma relação 7:1
Ou seja, uma relação 7:1
Se o produtor está aplicando 70 kg/ha de N, na forma de sulfato de amônio, serão necessários 70x7 = 490 kg/ha de CaCO3, somente para neutralizar a acidificação do solo provocada pelo sulfato de amônio. E este raciocínio pode ser estendido para a uréia e outros fertilizantes com amônia, conforme quadro abaixo, cuja fonte é de Pavan e Oliveira (1997).
A uréia e o sulfato de amônio, na sua reação no solo liberam 2H+. Já o fosfato diamônio (DAP) libera 3H+. Como 100 g de calcário com PRNT 100% liberam 2H+, conclui-se que em 150 g teremos 3H+. A uréia e o nitrato de amônio têm 28 g N, e o equivalente em carbonato de cálcio será igual a - kg CaCO3/kg de N. As relações ficarão assim:
Uréia = 100/28 = 3,6 (2H+)Nitrato de amônio = 100/28 = 3,6 (2H+)
Fosfato diamônio (DAP) = 150/28 = 5,4 (3H+)
Sulfato de amônio = 200/28 = 7,2 (4H+)
A remoção de cátions básicos, como o Ca e o Mg, nas colheitas, também contribui para a acidificação do solo. Vamos supor, na cana-de-acúcar, uma remoção de 80 kg Ca/ha e 39 kg Mg/ha.
Para transformar g Ca em g CaCO3 multiplica-se por 2,5
80 kg Ca/ha = (80 x 2,5) = 200 kg de CaCO3
Para transformar g Mg em g MgCO3 multiplica-se por 3,5
39 kg Mg/ha = (39 x 3,5) = 136 kg de MgCO3
136 kg MgCO3 x 1,19 = 162 kg equivalentes em CaCO3 (ECaCO3)
Então, para neutralizar a acidificação provocada pelo sulfato de amônio e a remoção de Ca e Mg na colheita serão necessários:
CaCO3 = 490 + 200 = 690 kg/ha
MgCO3 = 162 kg/ha
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