Publicado por Rodrigo Ferraz | Colocado em Artigos | Data: 29 nov 2011
*Por Professor Dr° José Cláudio Flores
Este curso de agronomia da UESB que está prestes a completar 3 décadas de existência, formando profissionais, efetuando muitas atividades de pesquisa e de extensão reconhecidamente relevantes para diferentes aspectos da produção agropecuária regional, conta atualmente comum elenco de professores de excelente qualificação acadêmica, pois é composto de dezenas de doutores e de mestres, diga-se oportunamente, profissionais dedicados e responsáveis na execução da atividade docente.
Por outro lado, este curso de agronomia, conta com uma grade curricular que tem sido, reconhecida pelos próprios professores,desde 1998, como algo problemático e geradora de várias dificuldades para os alunos matriculados. Essas dificuldades seriam:
Excesso de carga horária, pois exige do estudante dedicação quase exclusiva, dificultando a vários a possibilidade de trabalhar, o que pode caracterizar, salvo engano, como um curso elitista;
Pré-requisitos emaranhados e as vezes desnecessários que podem alongar o tempo de permanência do aluno no curso em caso de reprovação em algumas disciplinas;
Algumas disciplinas oferecidas nos primeiros semestres desnecessárias, pois estão voltadas a atender deficiências de aprendizagem trazidas pelo aluno, do segundo grau, uma atribuição que não deve ser do curso, a meu ver;
Evasão de alunos por causa dessas características curricular, lembrando que em 1998, quando foi debatido sistematicamente, estas questões,o índice de evasão era de mais de 1/3 dos alunos matriculados,embora não foi identificado com precisão as causas da evasão;
Esta grade nunca foi reformada, em quase três décadas, embora os outros cursos da área agronômica do país sofreram reformas, obedecendo a recomendações do MEC;
Desde 1998 já foram formadas 4 (quatro) comissões para reforma desta grade curricular, porém, nunca se alcançou um consenso, apesar dos esforços dos diferentes coordenadores deste curso de engenharia agronômica;
Outro aspecto que deve ser citado: desde alguns anos, o CONSEPE –conselho universitário que define as linhas de ensino, extensão e pesquisa da UESB, permite que os alunos desta universidade, se matriculem em até 11 (onze) disciplinas por semestre, algo que os próprios alunos reclamam pelo peso requerido para estudar e dar conta, com qualidade,de tamanha carga horária. Um aspecto que particularmente considero pedagogicamente inconveniente e perverso, pois afeta a qualidade da aprendizagem do aluno, que é obrigado a dedicar-se exclusivamente a viver em função disto. É saudável? Duvido;
Atualmente,a coordenação do Colegiado do curso de engenharia agronômica da UESB está sob a responsabilidade dos professores Dr. Paulo Cairo e do Mestre Rômulo Rocha, profissionais que pela qualificação docente e acadêmica,poderão contribuir decisivamente para uma reforma curricular tão necessária e almejada.
*Professor Dr.José Claudio Flores professor de Extensão Rural e de Planejamento Agropecuário da UESB-DCSA; Dr.em Ciências da Agronomia pela UFRuralRJ; Mestre em Ciências Agrárias pela UFBa; Especialização em Métodos de Pesquisa Social pela UFPB; Organizador do livro 1000l e Uns Mandamentos da Bíblia (UESB); Elaborador de pesquisa e artigos científicos publicados pela UESB.
Fonte: Blog da Resenha Geral
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