terça-feira, 27 de maio de 2008

TRABALHO SOBRE FIXAÇÃO DO FÓSFORO

INTRODUÇÃO:

A fixação do fósforo é o principal fator da baixa eficiência da adubação fosfatada. Esse processo ocorre intensamente nos solos tropicais, ocasionando perdas de até 80% do fósforo aplicado. Sendo assim, precisamos conviver com tal fenômeno, tomando medidas que visem reduzir seus efeitos, como: executar calagem bem feita, adotar o Sistema Plantio Direto e utilizar fontes de fósforo com solubilidade gradual, mas completa.

Em solos tropicais, cerca de 70 a até 80% do fósforo utilizado na adubação não é aproveitado pela planta. Isso explica porque mesmo sendo o macronutriente menos exigido pela maioria das culturas é um dos mais utilizados na adubação.

FIXAÇÃO DO FÓSFORO:

O fenômeno da perda do fósforo na adubação é comumente conhecido como "fixação", que são reações de ligação do fósforo com alguns componentes do solo, de maneira muito rápida e cuja força de atração faz com que o fósforo retorne muito lentamente para a solução do solo, abaixo da velocidade demandada pelas plantas.

Solos tropicais apresentam alta capacidade de "fixação" por possuírem elevados teores de ferro, alumínio, manganês e cargas positivas que vão reter fortemente o fósforo.


O Gráfico 1 mostra que, à medida que o pH do solo aumenta, ocorre a redução

das concentrações deFe, Al e Mn na solução, reduzindo a precipitação do

fósforo com os mesmos. Isso ocorre até a faixa de pH próximo a 6,5, acima

do qual começam a ocorrer perdas de fósforo ligado ao cálcio.


Logo, a calagem é muito importante, porém, deve ser realizada com critério.

A calagem ainda contribui em outra frente para a redução da "fixação" do fósforo, uma vez que reduz a quantidade de cargas positivas do solo e eleva as

negativas (CTC), reduzindo as possibilidades do fósforo utilizado na adubação se ligar fortemente à argila que promoveria menor disponibilização do nutriente (Gráfico 2).

Lembrando que a matéria orgânica é fonte natural de fósforo, liberando-o à medida que ocorre sua mineralização. Tal processo é favorecido pela maior concentração de oxigênio e incorporação do material orgânico ao solo.

Logo, se não ocorre a movimentação do solo, essa mineralização ocorre de modo gradual, mantendo constante a liberação de pequenas doses de fósforo, o que possibilita maior chance da planta absorvê-lo antes que o solo o fixe. Além disso, substâncias orgânicas continuamente liberadas pela decomposição dos resíduos culturais na superfície do solo atuam como "invólucros" sobre os sítios de "fixação" de fósforo no solo, ou seja, a matéria orgânica reduz a exposição do fósforo à fase mineral do solo, que tem grande poder de "fixação".

Entendida a importância da mineralização gradual da matéria orgânica, fica fácil correlacionar que, se for utilizada fonte de fósforo de solubilidade gradual na adubação, ocorre maior possibilidade da planta absorver o fósforo antes que o solo o fixe, uma vez que, as plantas, em geral, necessitam de fósforo disponível ao longo de todo o ciclo.

O destino do fósforo aplicado na adubação é a solução do solo, ficando disponível para ser absorvido. Caso não seja absorvido "rapidamente" se ligará principalmente ao ferro e alumínio ou a alguns de seus compostos e, gradativamente, essas ligações irão se fortalecendo, tornando a disponibilidade desse fósforo, para as plantas, quase nula.

A solubilização do fósforo em velocidade mais compatível com a marcha de absorção das plantas (solubilidade gradual) proporciona maior eficiência da fonte fosfatada.

Para melhorarmos o aproveitamento do fosfato aplicado via fertilizantes, devemos antes da sua aplicação, diminuirmos a capacidade do solo de fixar este fertilizante. Esta diminuição da fixação de fósforo é conseguida com a utilização da calagem e, pelo aumento do teor da matéria orgânica (daí a importância da cobertura permanente do solo).

CONCLUSÃO:

Sabendo da existência da "fixação do fósforo", o que nos resta é conviver com ela, tomando algumas medidas que minimizem seu efeito, como a calagem, adoção do Sistema Plantio Direto e utilização de fontes de fósforo com solubilidade gradual.

DEFINIÇÃO DE QUELATO:

A palavra quelato é originada da palavra grega “chele” que literalmente significa “pinça ou garra de caranguejo”. Esse termo foi usado por pesquisadores da década de 1920 porque descrevia claramente o ato “de agarrar e prender algo”, o que essencialmente é o que ocorre no processo de quelatização.

Um quelato é uma forma especial de complexo na qual a molécula do ligante se prende ao íon metálico através de vários pontos de sua molécula, formando estrutura cíclica. Um íon Fe+3 por exemplo poderá estar complexado por íons cloreto, Cl-, mas estará quelatizado se interagir com uma molécula complexa como é o EDTA de Na+2.

VANTAGENS DOS QUELATOS:

O uso de quelatos químicos vem se justificando por várias razões:

• Aumenta a disponibilidade de nutrientes;

• Previne a insolubilização de micronutrientes por precipitação;

• Reduz a Fitotoxicidade;

• Previne a lavagem;

• Aumenta a mobilidade no interior da planta;

• Permite o cultivo de plantas mais saudáveis.

Sob a forma quelatizada estão todos os micronutrientes catiônicos (Fe, Cu, Mn e Zn).

BIBLIOGRAFIA:

Coelho, Fernando S., Fertilidade do Solo, Verlengia. 2ª ed. Campinas, Instituto Campineiro de Ensino Agrícola-SP, 1973.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

Na Web:

http://www.manah.com.br/informativos.asp?idI=11

http://www.revistarural.com.br/Edicoes/2003/Artigos/rev70_epreciso.htm

http://www.conplant.com.br/palestrausosdequelatos.pdf

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