sexta-feira, 10 de outubro de 2008

IDENTIFICAÇÃO DE INSETOS (Parte 3)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB

DISCIPLINA – ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA

ALUNO –

CLASSIFICAÇÃO DE INSETOS

INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da humanidade, os insetos estiveram de uma maneira ou de outra relacionados com o homem, ao ponto de se poder afirmar que a sobrevivência do homem depende do equilibro deste grupo de animais, pois é de conhecimento público que o maior inimigo dos insetos são os próprios insetos. Sendo assim o desequilíbrio de uma parte do sistema formado pelos insetos, pode afetar vários setores da nossa sociedade como a produção agrícola e florestal, além de desencadear uma série de doenças nas plantas.

Hoje o homem tenta diminuir o ataque dos insetos prejudiciais às culturas de importância econômica, mas o ataque das mesmas aumenta consideravelmente.

01

Espécie: Protambulyx strigilis (Mariposa)

Local: Vitória da Conquista

Data: 12/02/04

Cultura(s) que ataca(m): mamão

Descrição e Biologia: são mariposas de asas estreitas de coloração parda, sendo a asa posterior alaranjada. Suas lagartas são acinzentadas, atingindo grandes proporções e alimentam-se das folhas.

Danos causados: podem causar desfolhamento total do mamoeiro, provocando novas brotações o que enfraquece a planta.

Controle: pulverização com clorofosforados, fosforados, carbamatos ou piretróides. Observar a fitotoxicidade de certos produtos, como malation e paration, mesmo quando usados em dosagens normais.

02

Espécie: Gryllus assimilis (Grilo)

Local: Vitória da Conquista

Data: 12/02/04

Cultura(s) que ataca(m): arroz, flores, folhagens, hortaliças, essências florestais, milho, tomate

Descrição e Biologia: o adulto possui coloração escura. Possui as pernas anteriores do tipo ambulatórias e as posteriores saltatótias. A sua biologia é mais ou menos semelhantes à da paquinha, porém, não são bons escavadores. Durante o dia permanecem ocultos sob pedras ou outros detritos, em ambientes úmidos e escuros, saindo à noite, à procura de alimento.

Danos causados: causam danos às culturas, pois alimentam-se das raízes, tubérculos parte aérea das plantas novas.

Controle: deve ser preventivo, eliminando os bandos de ninfas em seus focos de origem, nas vizinhanças das culturas.

03

Espécie: Calosoma sp (Predador)

Local: Vitória da Conquista

Data: 14/03/04

Descrição e Biologia: suas larvas e adultos são predadores de varias lagartas. São besouros de coloração pardo escura.

04

Espécie: Stenocrates spp (Besouro)

Local: Vitória da Conquista

Data: 14/04/04

Cultura(s) que ataca(m): cana-de-açúcar

Descrição e Biologia: são insetos cujas larvas são conhecidas vulgarmente por “pão-de-galinha” e que atacam os toletes de cana recém-plantados. Os adultos são de cor marrom-escura. As fêmeas põem os ovos próximos do tolete no plantio; após alguns dias nascem as larvas, que, no início, medem 3 mm de comprimento e alimentam-se do tolete e raízes da cana e de matéria orgânica. Completamente desenvolvidas, podem atingir até 50 mm de comprimento, sendo recurvadas e brancas, apresentando a cabeça castanha. O período larval é de 12 a 20 meses, findo o qual se transformam em pupas, construindo no solo uma câmara pupal; depois de 12 dias emergem os adultos, geralmente nos meses quentes do ano, após as primeiras chuvas, correspondendo à época de brotação das canas novas.

Danos causados: as larvas danificam consideravelmente os toletes da cana, perfurando-os em todos os sentidos. Os adultos também podem fazer orifícios nos toletes.

Controle: Cultural: rotação de culturas. Eliminação de soqueiras atacadas por meio de aração e 3 gradagens, 3 meses antes do plantio.

Químico: recomenda-se atualmente o uso de fipronil ou do endosulfan no sulco de plantio visando as larvas.

05

Espécie: Leptoglossus stigma (Percevejo)

Local: Vitória da Conquista

Data: 18/02/04

Cultura(s) que ataca(m): carambola

Descrição e Biologia: os adultos têm coloração escura, com pronoto pardo avermelhado. Os hemiélitros possuem uma linha transversal em zigue-zague, de cor amarela. Apresentam uma expansão tibial na perna posterior, característica.

Danos causados: perfuram o fruto em vários locais e, em conseqüência, o fruto pode cair ou ficar manchado.

Controle: pulverização com malation ou triclorfon. Suspender a aplicação, pelo menos 10 dias antes da colheita.

06

Espécie: Schistocerca sp (Gafanhoto)

Local: Vitória da Conquista

Data: 18/02/04

Cultura(s) que ataca(m): plantas rasteiras, arbustos, ou seja, toda espécie vegetal.

Descrição e Biologia: o adulto tem o mesmo tamanho tanto para machos como fêmeas, a coloração geral é marrom avermelhada; asas anteriores são marrom avermelhadas; pontuada de manchas marrons e, as posteriores são amarelo claras ou róseas. As fêmeas, após o acasalamento, pousam no solo, efetuando a postura em terrenos de consistência média e relativamente limpos de vegetação. Para efetuar a postura, a fêmea aciona as gonapófises, introduz progressivamente o abdome no solo, fazendo um orifício que, às vezes, atinge 75 mm de profundidade. Nessa penetração o abdome alonga-se consideravelmente podendo atingir até cerca de 120 mm de comprimento. Terminada a escavação a fêmea coloca no fundo da mesma, cerca de 50 a 120 ovos. À medida que o inseto retira o abdome, vai obliterando a perfuração com uma secreção espumosa que secando, forma uma espécie de tampão protetor e impermeável. A este conjunto de ovos e respectiva camada protetora dá-se o nome de “cartucho”. Após a eclosão surgem as formas jovens que, durante as duas primeiras mudas de pele, tomam o nome de “mosquito”, são de coloração amarelo clara com listras pequenas e pontos cinzas que se tornam pretos; não apresentam nenhum vestígio de asas. Após a terceira muda surgem os “saltões” com rudimentos de asas, e são de coloração amarelo escura. Estas teças alares vão desenvolvendo-se com as mudas de “pele” até surgir os adultos alados. O ciclo evolutivo completo se processa em cerca de 100 dias.

Danos causados: as formas jovens, logo após o seu nascimento, começam a se alimentar de plantas rasteiras e, posteriormente, atacam arbustos e até árvores. Permanecem sempre reunidas e se movem em conjunto; somente à noite, em tempo muito frio ou em épocas de calor muito intenso permanecem estacionadas, procurando abrigos. Os mosquitos causam pequenos danos, à medida que vão se desenvolvendo, surgindo os saltões, aumenta a sua voracidade e os danos causados às culturas são consideráveis. Os adultos reunidos em grandes nuvens são extremamente vorazes, não se podendo conter a sua marcha invasora. Com uma onda destruidora, danificam tudo por onde passam, não havendo obstáculos que possam detê-los, invadindo novos territórios e iniciando o ciclo evolutivo.

Controle: Cultural: o controle de gafanhoto deve ser feito visando tanto as formas jovens como os adultos.

Para mosquitos e saltões observar o seguinte:

a) Marcar rigorosamente os locais de postura, bem como as dimensões das áreas e datas das posturas;

b) Evitar revolver a terra onde os gafanhotos colocaram ovos;

c) Quinze dias após as posturas, observar diariamente o nascimento dos mosquitos;

d) Iniciar o controle logo após o nascimento, antes que se espalhem;

e) Caso já se tenham espalhado, localizar os locais de reunião e iniciar o controle ao anoitecer ou ao amanhecer, pois ficam concentrados devido ao frio e o controle é bem mais fácil.

Químico: o controle pode ser feito por meio de iscas ou pulverização utilizando-se malation, fenitrotion ou triclorfon ou polvilhamento com carbaril ou malation. Existem formulações comerciais em UBV compostas de malation e fenitrotion que tem dado os melhores resultados no controle dos gafanhotos.

Iscas à base de inseticidas:

Farelo de trigo, arroz ou milho...............................100 kg

Triclorfon 80%......................................................5 kg

Açúcar mascavo....................................................4 kg

Melaço..................................................................8 litros

Água.....................................................................60-70 litros

Biológico: isca microbiana: preparada de forma semelhante a anterior colocando 10 g de esporos do protozoário Nosema locustae ou de outro microsporídeo específico.

07

Espécie: Conoderus scalaris (Larva arame)

Local: Vitória da Conquista

Data: 20/03/04

Cultura(s) que ataca(m): batatinha

Descrição e Biologia: o adulto é um besouro com cerca de 10 a 15 mm de comprimento, protórax preto, élitros marrom avermelhados, com pontuações pretas, distribuídas próximo ao bordo interno. Devido à disposição do protórax quando caem de costas, dão saltos voltando à posição normal. A larva tem o corpo achatado e dotado de três curtos apêndices locomotores. Atinge de 15 a 20 mm de comprimentos, quando bem desenvolvida. Possui coloração marrom clara; os metâmeros são pouco flexíveis e bastante quitinizados.

Danos causados: as larvas possuem hábitos subterrâneos, atacando os tubérculos e perfurando-os. Também, permitem a penetração de fungos e bactérias, podendo causar a destruição dos tubérculos e morte das plantas. Os estragos são mais intensos nas épocas secas.

Controle: o ataque nos tubérculos só pode ser controlado por meios preventivos, com aplicação do inseticida no sulco por ocasião da amontoa. Recomenda-se o uso de fosforados granulados sistêmicos como disulfoton e forate, ou não sistêmicos como o diazinon.

08

Espécie: Nezara viridula (Percevejo)

Local: Vitória da Conquista

Data: 20/03/04

Cultura(s) que ataca(m): algodão, alfafa, cucurbitáceas, feijão, milho, soja, tabaco, tomate.

Descrição e Biologia: são percevejos que apresentam coloração verde, às vezes escura, porém com a face ventral verde clara. As formas jovens têm coloração escura com manchas vermelhas, e têm o hábito de aparecerem aglomeradas sobre a planta. A fêmea faz a postura na face inferior das folhas, ou nas partes mais abrigadas das plantas, em agrupados em placas, de coloração inicial amarelada depois rosada. Desde que nascem, alimentam-se da seiva, introduzindo seu aparelho bucal nos tecidos das folhas, hastes e frutos. Os adultos têm o mesmo hábito das ninfas.

Danos Causados: os prejuízos podem ramos resultar da sucção de seiva dos ramos ou hastes e de vagens. Os percevejos ao sugarem ramos ou hastes podem ser limitantes para a produção da cultura, pois devido, a toxinas que injetam provocam a “retenção foliar” e dificultam a colheita mecânica. Podem ainda causar o sintoma conhecido como “soja louca”, que se caracteriza pela vegetação anormal da planta, permanecendo com aspecto verde, mas sem produzir vagens. No caso de ataque às vagens, os prejuízos podem chegar a 30%, pois devido a sucção de seiva as vagens ficam marrons e “chochas”. Pode causar manchas nos grãos já formados. Estas manchas são conhecidas por “mancha de levedura” ou “mancha fermento”.

Controle: Biológico: com predadores sendo: Podisus sp. Parasitóides, sendo: Trissolcus basalis, Telenomus mormidae, Eutrichopodopsis nitens.

Químico: a utilização de inseticidas como: dimetoato; endosulfan; fenitrotion; fosfamidon; paration metil; monocrotofos; ometoato; triclorfon.

09

Espécie: Dysdercus sp (Percevejo)

Local: Vitória da Conquista

Data: 20/03/04

Cultura(s) que ataca(m): algodão

Descrição e Biologia: as ninfas são de coloração avermelhada. A coloração dos adultos é a cabeça e os apêndices é marrom escura, possuindo o tórax três listras brancas na base das pernas. As asas variam de castanho claro a escuro e o abdome é marrom escuro na parte superior. O desenvolvimento destes insetos inicia-se no solo. Surgem as ninfas ou formas jovens, cor de rosa. Estas sobem pela planta e se aglomeram sobre as maçãs e capulhos onde, após introduzirem o rostro, sugam a seiva e atingem a semente. Preferencialmente, penetram entre as fibras dos capulhos abertos, que são atacados tanto pelas ninfas quanto pelos adultos que sugam as sementes.

Danos causados: os danos causados pelos manchadores podem assim ser resumidos: queda das maçãs novas provocada pelas picadas; mal desenvolvimento das maçãs, principalmente quando as maçãs são atacadas ainda novas; abertura defeituosa dos capulhos quando as maçãs são atacadas durante o seu desenvolvimento, com prejuízo parcial ou total; mancas nas fibras causadas pelas dejeções destes insetos. Finalmente, os manchadores podem causar sérios danos através da podridão das fibras dos capulhos, pela introdução de bactérias e de certos fungos.

Controle: Controle de Manejo de Pragas: é necessário fazer o reconhecimento das pragas e seus inimigos naturais. Neste caso, o percevejo manchador, os inimigos naturais, predadores, são os percevejos: Orius spp; Nabis spp; Geocoris spp; Zellus spp.

Plantas iscas: semear o algodão um mês antes da época normal de plantio, visando atrair e eliminar pragas.

Cultural: observar a época recomendada, onde existe um zoneamento ecológico para a cultura. Usar variedades recomendadas no espaçamento e densidade adequados e sementes qualificadas e expurgadas.

Químico: as recomendações de controle para as diferentes pragas do algodoeiro são: granulados sistêmicos no sulco, pode se utilizar, em substituição às sementes pretas, granulados sistêmicos como aldicarb 10g; carbofuran 5g; disulfoton 5g e 2,5g.

10

Espécie: Macropophora accentifer (Serra pau)

Local: Vitória da Conquista

Data: 12/03/04

Cultura(s) que ataca(m): citros

Descrição e Biologia: é o besouro vulgarmente conhecido como “arlequim pequeno”; é uma broca exclusiva do tronco. O adulto é de coloração geral cinza, observando-se em cada élitro duas manchas escuras. O macho é maior que a fêmea e tem o primeiro par de pernas mais longo do que os outros. A fêmea abre a casca colocando os ovos e protegendo-os com uma secreção adesiva. Após 7 a 15 dias ocorre a eclosão, nascendo as larvas, que logo começam a abrir galerias de forma irregular entre a região do câmbio e do lenho. Após cerca de 100 dias, seu ataque é subcortical; depois, abrem um túnel dentro do lenho, para preparar sua saída. Parte da serragem é expelida e parte é acumulada. Atingindo seu desenvolvimentomáximo, a larva é composta de 11 segmentos. Sua coloração é branco-amarelada, tendo na cabeça uma mancha marrom-escura. Nesse período, prepara a câmara pupal e transforma-se em pupa; esta é de coloração branca, com os olhos e as extremidades das mandíbulas escuros. Nos dorso apresenta espinhos de coloração marrom. Após 50 a 70 dias emerge o adulto.

Danos causados: nos pomares mal cuidados, as coleobrocas causam prejuízos consideráveis, sendo geralmente nesse caso a infestação mais intensa e, pelo ataque dessas pragas, quer no tronco, quer nos ramos, construindo galerias, as plantas podem ser parcial ou totalmente destruídas. Áreas próximas a matas são mais atacadas.

Controle: Cultural: quando o ataque se verifica nos ramos mais finos, nota-se a presença da serragem, que vai sendo depositada nas folhas logo abaixo; observam-se em média a cada 20 cm, “janelas”. Dessa maneira, pode-se localizar a larva cortando-se o ramo próximo à última “janela”, isto é, aquela que se encontra mais próxima do tronco. Nos ramos grossos não se pode adotar essa medida, porque além de prejudicar a planta, estragaria sua arquitetura. No caso de as larvas estarem no tronco e possuírem hábitos subcorticais, pode-se levantar a casca com um canivete, após localiza-las, procede-se à sua eliminação.

Para a coleta de adultos do grupo dos cerambicídeos, pode-se utilizar armadilhas semelhantes aos frascos caça-moscas, contendo solução de melaço a 10%. Devido ao tamanho desses adultos, o orifício de entrada dos frascos deve ser maior que os usados para moscas-das-frutas.

Microbiano: uso de Metarhisium anisopliae em pó, injetado nos orifícios.

Químico: aplicar, nos orifícios causados pelo inseto, fosfina em pasta na base de 1,0 cm/orifício, tapando-os com o próprio material. Para brocas que vivem entre a casca e o lenho, pincelar carbofuran 350 SC, preparando uma calda a 10%, no local de ataque, sobre a casca.

11

Espécie: Saurita Cassandra (Mariposinha)

Local:Vitória da Conquista

Data: 25/04/04

Cultura(s) que ataca(m): abacate

Descrição e Biologia: são mariposas de coloração preta, inclusive as asas, tendo lateralmente, no abdome, pontos de coloração azul e no primeiro segmento abdominal pontos vermelhos, sendo um de cada lado do abdome. Suas lagartas são escuras e vivem agregadas sobre a planta.

Danos causados: são lagartas que comem folhas, podendo, em grandes infestações, prejudicar sensivelmente a planta.

Controle: polvilhamento ou pulverização com inseticidas recomendados para a lagarta do fruto.

12

Espécie: Lagria villosa (Bicho capixaba)

Local: Vitória da Conquista

Data: 25/04/04

Cultura(s) que ataca(m): feijão, ervilha, fava, frutíferas,essências florestais, café, alface

Descrição e Biologia: os adultos têm o corpo alongado, coloração metálica bronzeada. As larvas são do tipo elateriforme e de coloração escura e com setas longas.

Danos causados: as larvas causam um anelamento nas mudas de café replantadas com 3 a 4 pares de folhas. Os adultos alimentam-se de folhas das cascas e polpa do fruto no estágio cereja, e os frutos atacados tornam-se despolpados e caem no solo. Os adultos podem ser disseminadores de bactérias patogênicas ao cafeeiro.

Controle: pulverização com paration e paration metil 60%, triazofos 40% ou malation 50%.

13

Espécie: Apis mellifera (Abelha)

Local: Vitória da Conquista

Data: 14/02/04

Cultura(s) que ataca(m): maracujá

Descrição e Biologia: hymenópteros alados que coletam néctar e pólen das flores. Asas membranosas e transparentes. As anteriores são maiores que as posteriores. Apresenta pernas coletoras. Corpo apresenta listras pretas e amarelas. A rainha põe os ovos nos alvéolos, originando larvas que são alimentadas pelas operárias, através do tipo de alimentação que se diferenciam os indivíduos pertencentes, tais como operárias ou rainhas. Os zangões são formados através de partenogênese.

Danos causados: roubam o pólen e danificam as flores do maracujá, reduzindo consideravelmente a produção.

Controle: é feito através da localização dos ninhos. Pulverizando-os com inseticidas fosforados.

14

Espécie: Epicauta atomaria (Vaquinha)

Local: Vitória da Conquista

Data: 14/02/04

Cultura(s) que ataca(m): batatinha, tomate, berinjela, pimentão, acelga, alfafa, batata-doce, beterraba, crotalárias, espinafre, jiló, pimenteira e outros, inclusive silvestres: caruru de porco, faveira, Maria-preta.

Descrição e Biologia: besouro de 8 a 17 mm de comprimento, revestido de intensa pubescência cinzenta. Dorso com numerosas manchas pretas. Pernas longas, sendo menores as anteriores. Os adultos são muito vorazes; as folhas são devoradas com avidez. Quando se agitam as plantas, os adultos desprendem o corpo e caem no chão, onde procuram se esconder. As larvas vivem no solo.

Danos causados: destroem as folhas das plantas.

Controle: Químico: aplicações de fosforados e clorofosforados.

Biológico: aplicações de calda bordalesa.

15

Espécie: Aethaliun reticulatum (Cigarrinha)

Local: Vitória da Conquista

Data: 14/02/04

Cultura(s) que ataca(m): citros, frutíferas, tamarindo.

Descrição e Biologia: são insetos de coloração marrom ferrugínea, com as nervuras das asas salientes e esverdeadas. As fêmeas colocam os ovos nos ramos e nos pedúnculos dos frutos em massas de quase 100 ovos envoltos por substância coletérica de cor marrom acinzentada. O período de incubação é de 30 dias e nesse período a fêmea protegendo a postura com o seu corpo. O período ninfal dura 45 dias, suas ninfas sugam seiva e têm o corpo de coloração cinza com estrias vermelhas.

Danos causados: são insetos que sugam grandes quantidades de seiva, e colonizando nos pedúnculos dos frutos atrasam o seu desenvolvimento, e pode inclusive provocar a sua queda.

Controle: pulverização com inseticidas fosforados, clorofosforados e carbamatos.

16

Espécie: Deois flavopicta (Cigarrinha)

Local: Vitória da Conquista

Data: 12/02/04

Cultura(s) que ataca(m): pastagem e arroz

Descrição e Biologia: com 10 mm de comprimento, coloração preta com duas faixas transversais amarelas na asa e clavo amarelo. Abdome e pernas vermelhos.

Danos causados: as cigarrinhas atacam as pastagens em épocas de alta umidade e são responsáveis pela “queima” das pastagens. Isto porque os adultos ao sugarem pequenos colmos, introduzem toxinas, causando um amarecimento das folhas e depois seu secamento e morte. Reduzem a produção de massa verde em cerca de 15%. O problema da cigarrinha é, portanto, bastante grave, pois além da vasta área atacada, elas concorrem com o gado na época em que ele normalmente deveria recuperar-se do período de seca, e nessa época o capim amarelecido torna-se impalatável e desagradável, o que faz com que o animal coma menos, deixando de produzir leite e carne.

Controle: Cultural: adubação de formação e manutenção das pastagens; divisão das pastagens; emprego de gramíneas nativas ou resistentes em associação com gramíneas suscetíveis; manutenção das gramíneas a uma altura ao redor de 25cm, evitando o superpastejo.

Químico: reduzir a população de adultos na primeira geração pela aplicação de um inseticida seletivo aos inimigos naturais da cigarrinha; se a população de adultos for elevada na terceira geração, efetuar uma aplicação de inseticida seletivo.

Biológico: aplicar M. anisopliae sobre a segunda e terceira gerações de ninfas.

17

Espécie: Chrysopa sp (Predador)

Local: Vitória da Conquista

Data: 14/05/04

Descrição e Biologia: os adultos são de coloração marron claro ou verde, com asas hialinas medindo de 15 a 20 mm de comprimento. Suas larvas são conhecidas como “lixeiras”. São predadores eficientes de lagartas, ácaros e ovos de insetos. os adultos são de coloração marron claro ou verde, com asas hialinas medindo de 15 a 20 mm de comprimento.

18

Espécie: Thyanta perditor (Percevejo)

Local: Vitória da Conquista

Data: 14/03/04

Cultura(s) que ataca(m): trigo, aveia e cevada

Descrição e Biologia: o adulto, de 9 a 11 mm de comprimento, apresenta coloração verde (fêmea) ou parda (macho), com duas expansões laterais no pronoto. Ocorre de preferência ao norte do paralelo 24ºS.

Danos causados: as ninfas e adultos sugam seiva, sendo que são mais importantes na fase de grãos em massa mole, onde reduzem o poder germinativo das sementes.

Controle: pulverização com fosforados.

19

Espécie: Diabrotica speciosa (Patriota)

Local: Vitória da Conquista

Data: 14/03/04

Cultura(s) que ataca(m): batatinha, amendoim, couve, couve-flor, brócoli, melancia, melão, pepino, abóbora, feijão, frutíferas, milho, soja, girassol, tomate.

Descrição e Biologia: é um besourinho de coloração verde, de cabeça castanha, trazendo em cada élitro três manchas amareladas. A fêmea faz a postura no solo, donde eclodem as larvas são de coloração branca leitosa. Possuem, no último segmento abdominal uma placa de coloração castanho escura, quase preta.

Danos causados: as larvas possuem hábitos subterrâneos, atacando os tubérculos e perfurando-os. Permitem a penetração de fungos e bactérias, podendo causar a destruição dos tubérculos e morte das plantas. Os estragos são mais internos nas épocas secas.

Controle: o ataque só pode ser controlado por meios preventivos, com aplicação do inseticida no sulco por ocasião da amontoa.

Recomenda-se o uso de fosforados granulados sistêmicos como disulfoton e orate, ou não sistêmicos como o diazinon.

20

Espécie: Azya luteipes (Predador)

Local: Vitória da Conquista

Data: 15/02/04

Descrição e Biologia: é uma joaninha de dorso convexo e coloração preta azulada, revestido de densa pilosidade cinza e com duas manchas circulares pretas nos élitros. Suas larvas são esbranquiçadas e revestidas de secreção cérea em forma de filamentos aglomerados, de cor branca. Tanto os adultos como as larvas são predadores de cochonilhas principalmente do gênero Coccus e também de Aonidiella aurantii, Chrysomphalus fícus e Planococcus citri.

21

Espécie: Ceroplastes sp (Cochonilha)

Local:Vitória da Conquista

Data: 15/02/04

Cultura(s) que ataca(m): citros

Descrição e Biologia: são, em geral, hemisféricas revestidas de cera branca. As cochonilhas sem o revestimento têm coloração parda.

Danos causados: são, em geral, hemisféricas revestidas de cera branca. As cochonilhas sem o revestimento têm coloração parda. Atacam os ramos mais finos e, também, folhas. Sugam seiva dos ramos depaurando-os. Também pela eliminação de substância açucarada podem favorecer o aparecimento de fumagina.

Controle: Cultural: catação manual, destruição e queima dos ramos muito infestados.

Químico: pulverização com óleos emulsionáveis principalmente na época da reprodução. O óleo não pode ser aplicado durante a florada. A adição de um inseticida fosforado aumenta a eficiência do tratamento.

22

Espécie: Orthezia praelonga (cochonilha)

Local: Vitória da Conquista

Data: 23/01/04

Cultura(s) que ataca(m): citros e ornamentais

Descrição e Biologia: providos de placas ou lâminas céreas, simetricamente dispostas sobre o corpo e na parte lateral do mesmo, constituindo na parte posterior um saco céreo, semelhante a uma cauda alongada, às vezes recurvada para cima, denominado ovissaco. No interior do mesmo se acumulam os ovos permanecendo as ninfas até a primeira muda de pele. Tanto as fêmeas adultas como as ninfas podem mover-se sobre a planta.

Danos causados: pela grande quantidade de seiva que extraem para a sua alimentação, as plantas vão definhando, podendo chegar à morte. Expelem um líquido açucarado que, caindo sobre a planta favorece o desenvolvimento de um fungo denominado fumagina, que dificulta a respiração e a fotossíntese da planta. Este líquido açucarado atrai para o local certas formigas que vivem em simbiose com as cochonilhas, protegem de seus inimigos naturais.

Controle: Biológico: as pragas são atacadas por inúmeros inimigos naturais, dentro do possível devem ser preservados. Aplicados apenas produtos seletivos que evitem desequilíbrios biológicos. São eles os inimigos: Pentilea egena; Coccidophilus citricola; Aspidiotiphagus citrinus; Azya luteipes; Rodolia cardinalis além dos fungos Verticillium, Uredinella e Myriangium.

Químico: usam-se normalmente pulverizações com óleos emulsionáveis a 1%, aplicados fora das horas mais quentes do dia para não provocar queimaduras. Para aumentar a eficiência deve-se misturar ao óleo um inseticida fosforado, na metade da dosagem normalmente recomendada.

23

Espécie: Icerya purchase (Cochonilha)

Local: Vitória da Conquista

Data: 23/01/04

Cultura(s) que ataca(m): cereja, citros, flores e folhagens.

Descrição e Biologia: é uma das pragas mais nocivas às plantas cítricas. Ataca, de preferência, as hastes e as folhas ao longo das nervuras, de onde sugam seiva. A face dorsal do corpo apresenta secreção cerosa branca, e a face ventral amarelo-alaranjada. A sua reprodução é enorme e se processa por partenogênese. Durante um ano pode dar três gerações. Atingindo o seu máximo desenvolvimento, a fêmea secreta uma substância cerosa branca, semelhante a flocos de algodão, na parte inferior do seu corpo. A secreção assemelha-se a uma almofada, tendo na superfície dorsal e lateral caneluras paralelas e longitudinais. No interior desta almofada, a fêmea vai armazenando os ovos, formando assim o que pode chamar de ovissaco.

Danos causados: são insetos muito prejudiciais às flores e folhagens, pois, devido à sucção contínua de seiva depauperam toda a planta, prejudicam o seu metabolismo, atraem formigas e favorecem a formação de fumagina. O pulgão branco ataca principalmente crisântemos. As outras duas espécies de cochonilhas são muito comuns nas várias flores e folhagens.

Controle: aplicação de inseticidas fosforados sistêmicos tomando-se cuidado com a fitotoxicidade e a destruição de joaninhas, que exercem o controle biológico. Pode-se recomendar também a aplicação do aldicarb granulado a 10% no solo, que é bastante eficiente.

24

Espécie: Acanthoscelides obtectus (Caruncho do feijão)

Local: Vitória da Conquista

Data: 13/04/04

Cultura(s) que ataca(m): feijão, ervilha, grão de bico, tremoço.

Descrição e Biologia: os ovos são branco, ovóides, a larva desprovida de pernas, branca, recurvada. Adulto é um besourinho robusto, ovalado, pardo-acinzentado. Élitros com estrias longitudinais, paralelas, cinzentas e escuras. Abdome avermelhado. Coxas posteriores com forte dente na extremidade distal. A fêmea introduz os ovos no interior das vagens verdes, deixando-os soltos, em grupos de uma a várias dezenas. A larva e a pupa ficam na vagem até a transformação em adulto, este abandona a mesma. Nos depósitos, o inseto encontra condições ideais para rápida multiplicação. As fêmeas deixam os ovos na superfície das sementes, colados por substância viscosa.

Danos causados: o caruncho inicia o ataque no campo. Nascidas as larvinhas, estas se introduzem nos grãos verdes ou maduros. No interior das sementes, roem todo a semente. Os adultos não atacam a semente; os danos são ocasionados unicamente pelas larvas.

Controle: Químico: o feijão é armazenado ensacado e indica-se a fumigação seguida das medidas contra reinfestação. Pode-se preservar o feijão através da mistura direta com inseticidas em pó. Pulverização dos depósitos.

Cultural: limpeza dos depósitos.

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Espécie: Toxoptera citricidus (Pulgão preto)

Local: Vitória da Conquista

Data: 25/02/04

Cultura(s) que ataca(m): citros, chorão, maminha da porca, pêra, maçã.

Descrição e Biologia: são insetos sugadores, constituídos por formas ápteras e aladas, que atacam as plantas, principalmente, nos frutos novos, sugando-lhes a seiva. A sua coloração é marrom na forma jovem e preta nos adultos. Reproduzem-se, em nosso meio exclusivamente por partenogênese telítoca, originando-se sempre fêmeas. Inicialmente, aparecem as fêmeas ápteras e havendo excesso de população, surgem as formas aladas que irão constituir novas colônias em outras plantas.

Danos causados: além de causarem o atrofiamento e o encarquilhamento das folhas e brotos novos pela sucção contínua de seiva, pelas picadas em plantas doentes podem inocular nas plantas sadias, uma das mais sérias doenças de vírus, ou seja, a “tristeza” dos citros, podendo dizimar toda a plantação, muito embora este problema tenha sido resolvido com o uso de porta-enxertos resistentes. Ainda, pelo excesso de líquido açucarado que excretam pela sua codicola, podem dar formação à fumagina, cujo fungo é grandemente prejudicial à respiração e fotossíntese da planta.

Controle: Biológico: as pragas dos citros são atacadas por inúmeros inimigos naturais devem, dentro do possível, serem preservados. Desta forma, quando for atingido o nível de controle, devem ser aplicados apenas produtos seletivos que evitem desequilíbrios biológicos. Os inimigos naturais para T. citricidus são: Cycloneda sanguinea; Aphidius testaceipes; Pseudodorus clavatus.

Químico: usam-se normalmente pulverizações com óleos emulsionáveis a 1%, aplicados fora das horas mais quentes do dia para não provocar queimaduras. Para aumentar a eficiência deve-se misturar ao óleo um inseticida fosforado. Em substituição a essa mistura pode-se usar ainda inseticida sistêmico, sendo recomendado o dimetoato 50% e o vamidotion 40%.

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Espécie: Brevicoryne brassicae (Pulgão da couve)

Local: Vitória da Conquista

Data: 10/02/04

Cultura(s) que ataca(m): cucurbitáceas

Descrição e Biologia: as formas aladas medem cerca de 2 mm de comprimento, possuem coloração geral verde com a cabeça e o tórax pretos e o abdome verde com manchas escuras na parte dorsal. Os sifúnculos são curtos e pretos; a codicola também é preta. A forma áptera apresenta o corpo, que é de coloração verde, recoberto por uma camada cerosa branca. Em geral formam colônias na face superior das folhas.

Danos causados: os pulgões causam apreciáveis danos. Constituem grandes colônias e, pela sucção contínua da seiva, produzem o engruvinhamento das folhas, em cujo interior, se alojam, prejudicando o desenvolvimento da planta. A primeira espécie vive na face superior das folhas e a segunda na face inferior.

Controle: é feito por meio de pulverização com fosforados, levando-se em conta o efeito residual dos inseticidas. O malation e o paration ou paration metil devem ser empregados, pelo menos, 15 dias antes da colheita, enquanto que o mevinfos de 4 ou 5 dias e o pirimicarb de 7 dias.

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Espécie: Bemisia tabaci (Mosca branca)

Local: Vitória da Conquista

Data: 14/02/04

Cultura(s) que ataca(m): feijão, ervilha e fava

Descrição e Biologia: são pertecentes à sub-ordem Homoptera. De um modo geral, atingem grandes populações. São insetos pequenos de 1 mm de comprimento com 4 asas membranosas recobertas por uma pulverulência branca. Os ovos em número de 110 por fêmea são colocados na face inferior das folhas, ficando presos por um pedúnculo curto; eclodindo as ninfas que passam a sugar a folha geralmente na face inferior. As ninfas só se locomovem inicialmente, fixando-se a seguir de maneira semelhante às cochonilhas. O ciclo completo é de cerca de 15 dias, sendo a longevidade das fêmeas de aproximadamente 18 dias.

Danos causados: os insetos têm ação toxicogênica, sendo que os maiores prejuízos são devidos à transmissão de viroses. São mais prejudiciais ao feijão da seca, principalmente até o florescimento.

Controle: em região de alta incidência da praga, fazer tratamento de sementes com carbofuran, ou usar sistêmicos granulados no sulco de plantio, ou ainda pulverizar com fosforados sistêmicos, tais como metamidofos 50% ou dimetoato 50%. A utilização de superfícies amarelas com substâncias adesivas para atração e captura de adultos e a eliminação de plantas com sintomas de mosaicos dourados ou anão, contribuem para a diminuição da população da praga e das viroses.

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Espécie: Sitophilus zeamais (Gorgulho)

Local: Vitória da Conquista

Data: 26/04/04

Cultura(s) que ataca(m): milho

Descrição e Biologia: os adultos são besourinhos de 3 mm de comprimento, coloração castanho escura, com quatro manchas avermelhadas nos élitros, bastante visíveis logo após a emergência. Tem a cabeça prolongada para a frente em rostro recurvado, onde estão as peças bucais. Nos machos esse rostro é mais curto e grosso, nas fêmeas mais longo e afilado. O pronoto é fortemente pontuado e, os élitros densamente estriados. As larvas são de coloração amarelo clara com a cabeça mais escura e as pupas são brancas. Período de pré-oviposição é 5,87 dias. Número médio de ovos por fêmea é 282,50. Período de oviposição é 104,26 dias. Número médio de ovos por fêmeas por dia é 2,70. Longevidade média das fêmeas é 142,53 dias. Longevidade média por machos é 142,00 dias. Período médio de ovo a emergência do adulto é 34 dias. Incubação é 3 a 6 dias. Adultos emergidos é 48,1% machos e 51,9% fêmeas. Porcentagem de ovos que se desenvolveram até emergência do adulto é 26,90%. O milho na palha os ovos são colocados inicialmente nas partes duras do grão que ficam expostas, posteriormente penetram no interior de grãos já atacados, os insetos colocam ovos nos grãos vizinhos em partes do embrião ou próximas. No milho debulhado os ovos são postos principalmente na ponta do grão e proximidades. O orifício de emergência do adulto apresenta os bordos irregulares ou quebrados.

Danos causados: pode-se considerar a praga mais importante de grãos armazenados, por uma série de características que apresenta: elevado potencial biótico, infestação cruzada, praga de profundidade, elevado número de hospedeiros, e tanto larvas como adultos danificam os grãos.

Controle: Cultural: no tratamento de resistência do milho em palha deve-se considerar as características da espiga que afetam a resistência. Em locais onde somente híbridos resistentes foram cultivados, a infestação nas espigas foi inferior a 5% e os grãos foram danificados em menos de 1%. A resistência de genótipos de milho debulhado e em palha, obteve resultados interessantes que indicam a viabilidade de métodos de resistência.

Químico: é aplicações de inseticida sobre a superfície do milho.

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Espécie: Thecla basalides (Lagarta)

Local: Vitória da Conquista

Data: 26/04/04

Cultura(s) que ataca(m): abacaxi

Descrição e Biologia: o adulto é uma borboleta com asas anteriores de coloração cinza brolhante, apresentando nos bordos faixa escura com franja esbranquiçada externamente. Asas posteriores com manchas claras na margem externa, além de um par de apêndices filamentosos. Os ovos são colocados sobre as escamas da inflorescência, antes ou depois da abertura das flores. As lagartas, penetram no ponto de formação, rompendo assim o tecido parenquimatoso provocando a exsudação de um material resinoso, inicialmente incolor, mas que em contato com o ar adquire coloração marrom-clara a marrom-escura. Tais substâncias são encontradas, tanto na parte externa como na interna do fruto broqueado. As lagartas podem alimentar-se das folhas e completamente desenvolvidas, apresentando-se com coloração amarelada e manchas vermelho escuras.

Danos causados: as galerias abertas pela lagarta no interior do fruto, ficam cheias de resina, dando ao mesmo, sabor e cheiro desagradáveis. Em conseqüência, os frutos perdem o seu valor comercial. Muitos frutos atacados podem, ainda apresentar deformações.

Controle: através de inseticidas piretróides, fosforados e carbamatos, em pulverização ou polvilhamento com carbaril 7,5% com intervalos de 15 dias.

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Espécie: Pyrrhopyge charybdis (Lagarta da goiaba)

Local: Vitória da Conquista

Data: 28/02/04

Cultura(s) que ataca(m): goiaba

Descrição e Biologia: são mariposas de coloração preto azulada, tendo os bordos das asas vermelhos, com franjas amarelas e brancas nas asas posteriores. Medem ao redor de 40 mm de envergadura. Possuem a extremidade do abdome de coloração vermelha. Lagartas esverdeadas com cabeça marrom.

Danos causados: são semelhantes para as lagartas, que destroem as folhas prejudicando sensivelmente a planta.

Controle: pode ser feito em polvilhamento ou pulverização, quando houver incidência da praga, utilizando-se inseticidas fosforados ou carbamatos.

BIBLIOGRAFIA

BUZZI, Z.José e MAIYAZAKI, D. Rosina. Entomologia Didática. Curitiba-Pr, Ed. UFPR, 1999.

CARRERA, M. Entomologia para você. São Paulo. Editora Livraria Nobel S.A, 1973.

GALLO, D. et all. Manual de entomologia agrícola. São Paulo. Editora Agronômica Ceres, 1988.

GALLO, D. et all. Entomologia agrícola. Editora FEALQ. São Paulo, 2002.

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