quarta-feira, 20 de julho de 2011

Milho

Atualmente, dentre os cereais cultivados no mundo, o milho coloca-se em terceiro lugar, sendo superado apenas pelo trigo e arroz.
A importância desse cereal não se restringe ao fato de ser produzido em grande volume e sobre imensa área cultivada, mas, também, pelo papel sócio-econômico que representa. É usado diretamente na alimentação humana e de animais domésticos, que em última análise chegam à nossa mesa na forma de carne, ovos, leite, queijos, etc. Constitui matéria-prima básica para uma série enorme de produtos industrializados, criando e movimentando grandes complexos industriais, onde milhares de empregos são criados. Na atividade agrícola, ou seja, na produção propriamente dita, centenas de milhares de pessoas encontram seu sustento, número fase grandemente aumentado se levarmos em consideração as pessoas envolvidas no transporte, armazenamento e comercialização desse cereal.
Por outro lado, se atentarmos parte os elementos necessários à produção, vamos encontrar grandes indústrias de máquinas, fertilizantes e defensivos, que tem sua atividade em grande parte orientada em função da produção do milho.
Os Estados Unidos da América do Norte é o maior produtor mundial de milho. O Brasil, apesar de ser um dos maiores produtores, importa milho quando ocorre valorização do dólar e dos insumos cotados por esta moeda.
O Brasil, apesar de ser um dos grandes produtores mundiais, apresenta um rendimento muito baixo, se comparado com rendimentos alcançados em outros países como o Canadá, Suíça, EUA e França, superiores a 4.500 kg/ha.
milho sendo uma planta relativamente rústica, no nosso meio, ela sofre uma diversificação muito grande em seu grau de tecnificação. Encontramos culturas instaladas dentro dos mais rigorosos preceitos técnicos até a cultura de fundo de quintal. É preciso conscientizar os produtores que para produzi-la a custos baixos, há necessidade de seguir à risca as recomendações técnicas mais avançadas, para o que é indispensável a aquisição de máquinas, fertilizantes, defensivos, sementes de boa qualidade, etc.

HISTÓRIA

Em relação a história e origem do milho, dois pontos se envolvem num mistério, que até hoje tem sido objeto de muita especulação por parte dos pesquisadores. Pode-se afirmar que o milho é uma das plantas cultivadas mais antigas. Estudos arqueológicos fornecem elementos que permitem afirmar que o milho já existia como cultura, ou seja, em estado de domesticação, há cerca de 4.000 anos e já apresentando as principais características morfológicas que o definem, botanicamente na atualidade.
Quando Cristóvão Colombo descobriu a América, o milho constituiu-se, dentre os vegetais, a base alimentícia dos indígenas que aqui viviam e era cultivado desde a Argentina até o Canadá. Arqueologistas pesquisando na cidade do México descobriram grãos de pólen com cerca de 60.000 anos. Em escavações levadas a efeito na região sudeste do México, encontrou-se espigas de milho primitivo, com cerca de 5.000 a 6.000 anos de idade. Na América do Sul, no Peru, os fósseis mais antigos encontrados possuíam idade de 2.700 anos antes de nossa época.
Esses estudos permitem afirmar que o milho, provavelmente, teve origem no hemisfério americano do norte. Existe outra corrente que sugere a região de origem do milho como sendo a Ásia, mas os argumentos apresentados são menos convincentes.
Logo após a descoberta da América, o milho foi levado para Espanha, Portugal, França e Itália, onde era a princípio cultivado em jardins mais como planta exótica e ornamental. Uma vez reconhecido seu valor alimentar, passou a ser cultivado como planta econômica e difundiu-se para o resto da Europa, para Ásia e Norte da África e hoje praticamente é cultivado no mundo todo, exceto em regiões que apresentam limitações climáticas.
Muitas teorias existem procurando explicar a origem do milho e esse assunto tem empolgado muitos pesquisadores que se dedicam profundamente nesse estudo. Alguns sugerem que o milho originou-se do teosinto, ou mesmo dos ancestrais dessa planta que é um parente próximo do milho. Outros sugerem que se originou de um milho primitivo tunicado, mas, por outro lado, ignora-se a origem desse milho primitivo.

BOTÂNICA

Dentro da classificação botânica, o milho pertence à ordem Gramineae, familia Grimanaceae, sub-famflia Panicoideae, tribu Maydeae, gênero Zea, espécie Zea may. O Gênero Zea é considerado monotípico e constituído por uma única espécie, ou seja, Zea mays L.

DESCRIÇÃO DA PLANTA

Semente: A semente lançada ao solo, havendo condições favoráveis de unidade e temperatura, germina após 5 ou 6 dias.
A semente do milho é um tipo especial de fruto, botanicamente classificado como cariopse. Apresenta basicamente três partes: o pericarpo, endosperma e o embrião. O pericarpo é a camada mais externa, fina resistente, constituindo a parede externa da semente. O endosperma é a parte mais volumosa da semente, é envolvida pelo pericarpo e constituída de substâncias de reserva principalmente o amido e outros carboidratos. A parte mais externa do endosperma e em contato com o pericarpo denomina-se camada de aleurona, rica em proteínas e enzimas, que desempenham papel importante no processo de germinação. O embrião encontra-se ao lado do endosperma e parcialmente envolvido por file.
O embrião nada mais é do que a planta em miniatura, pois já possui primórdios de todos os órgãos da planta desenvolvida.
Sistema radicular: No inicio da germinação, a parte do embrião correspondente à radícula desenvolve-se em uma raiz, rompendo as camadas externas da semente, aprofunda-se no solo, em sentido vertical. Logo em seguida surgem as raízes secundárias que se ramificam intensamente e a raiz primária se desintegra. Posteriormente, há o aparecimento das raízes adventícias que partindo dos primeiros nós do colmo orientam-se no sentido de atingir o solo. Essas quando chegam a alcançar o solo, ramificam intensamente contribuindo par melhor fixação da planta.
As raízes secundárias e adventícias intensamente ramificadas num sistema radicular denominado fasciculado, esse sistema raramente penetram mais que 40 cm no solo e plenamente desenvolvido atinge um raio de cerca de 50 cm em torno da planta.
Parte aérea da planta: Na planta de milho, recém germinada, quando apresenta cerca de 15 cm de altura, o caule já se encontra completamente formado, possuindo todas as folhas, os primórdios da inflorescência feminina que se constituirá na espiga, localizada na axila das folhas e também primórdios da inflorescência masculina (flecha ou pendão), situada no ápice do caule. Desse ponto em diante, o crescimento da planta é resultante do aumento das células em número e volume.
A parte aérea da planta atinge a altura em torno de 2 metros, podendo variar em função da variedade ou híbrido, condições climáticas, fertilidade do solo, etc..
É constituída pelo colmo que é ereto, via de regra, não ramificado, apresentando nós e inter-nós também denominados meritalos, de natureza esponjosa, relativamente ricos em açúcares o que lhes confere sabor adocicado.
As folhas dispõem-se alternadamente e inserem-se nos nós. São constituídas de uma bainha invaginante, pilosa de cor verde clara e limbo-verde escuro, estreito e de forma lanceolada, possuindo bordos serrilhados com uma nervura central vigorosa e em forma de canaleta. Entre a bainha e o existe a lígula que é estreita e de natureza membranosa.
A planta do milho é monóica, isto é, possui os dois sexos na mesma planta, separados em inflorescências diferentes.
Assim é que possui as flores masculinas numa panícula terminal, conhecida pelo nome de flecha ou pendão e as femininas em espigas axilares.
A panícula, que contém as flores masculinas, é formada por um central que termina num ramo principal, abaixo do qual partem lateralmente ramificações secundárias, que podem ramificar-se dando as terciárias. A região de ligação da panícula com o caule constitui o pedúnculo. Essa inflorescência pode atingir de 50 a 60cm de comprimento possuindo coloração variável podendo ser esverdeada, marrom ou vermelho escuro.
As flores masculinas dispõem-se ao longo do ramo principal e das ramificações. Cada flor é constituída de 3 estames protegidos por duas formações membranosas chamadas lema e palea. Dois desses conjuntos são protegidos por duas plumas formando uma espigueta. Essas espiguetas são inseridas nos ramos das inflorescências em grupo de duas, sendo uma pedunculada e outra séssil, ou seja, sem pedúnculo. Essas duas flores amadurecem seus grãos de pólem em períodos diferentes, sendo que a produção de pólem dura cerca de 8 dias e cada panícula pode produzir até 50 milhões de grãos de pólen.
A inflorescência feminina, ou espiga, é constituída por um eixo ou ráquis (sabugo) ao longo do qual dispõem-se as reentrâncias ou alvéolos. Nesses alvéolos, desenvolvem-se as espiguetas aos pares como na inflorescência masculina. Cada espigueta é formada por duas flores, sendo uma fértil e outra estéril. Cada flor é coberta por duas glumelas e o conjunto de duas flores é recoberto por um par de glumas. Cada flor feminina é constituída de um ovário unilocular, ou seja, com uma única loja no interior da qual existe um único óvulo. Saindo do ovário desenvolve-se o estilo-estigma bífido, dividido em dois na sua extremidade livre. O conjunto de estilo-estigma é que vem a constituir o cabelo, barba ou boneca do milho. A espiga externamente é protegida pelas palhas.
Polinização no milho: A polinização consiste na transferência do grão de pólen da antera da flor masculina ao estigma das flores femininas. A planta de milho, pela sua organização morfológica, impede que haja autofecundação, ou seja, a polinização de uma espiga por grãos de pólen da mesma planta. O grão de pólen de uma planta, normalmente através de agentes naturais1 principalmente correntes aéreas, atinge a barba da espiga de outras plantas. Ocorre normalmente apenas cerca de 2% de autofecundação, razão pela qual se diz que o milho é tipicamente uma planta de polinização cruzada. Para que haja polinização, há necessidade que as flechas estejam soltando pólen e a receptividade das barbas seja coincidente com essa soltura de pólen. Normalmente as barbas ficam receptivas por vários dias, assim como a flecha também solta pólen por vários dias. Essa situação garante a polinização de todas as espigas e se algum fator estranho ocorrer, pode haver queda da produção devido a uma polinização deficiente.
Uma vez processada a polinização, ocorre a fecundação propriamente
dita, que é um fenômeno complexo, resultando a formação do fruto comumente denominado grão.

CLIMA E SOLO

milho é uma planta que exige, durante o seu ciclo vegetativo, calor e umidade suficientes para produzir satisfatoriamente, proporcionando rendimentos compensadores.
Pelo grande número de variedades existentes e o aprimoramento dos métodos de melhoramentos através da Genética, criando novas variedades e híbridos, esse cereal encontra possibilidade de cultivo em uma larga faixa do globo com grandes variações climáticas, apesar de sua origem tropical.
Quanto à latitude, encontramos o milho sendo cultivado desde 58ºN no Canadá e União Soviética, até 40ºS na Argentina. No que se refere à altitude, é produzido desde altitudes negativas, ou seja, abaixo do nível do mar, na região do mar Cáspio até altitudes de 3.600 metros nos Andes Peruanos.
Para as zonas temperadas, que possuem verão curto com dias longos, existem variedades precoces que em apenas 3 meses após semeadas, podem ser colhidas. Para as regiões equatoriais úmidas o ciclo da planta poderá atingir 10 meses ou mais. Nas regiões subtropicais ou tropicais, como ocorre no Planalto Central do Brasil, cultiva-se normalmente variedades ou híbridos de ciclo intermediário.
A temperatura é fator limitante para a cultura do milho, existindo trabalhos demonstrando que, em regiões onde a temperatura média diária no verão é abaixo de 19,5ºC ou a temperatura média da noite cai abaixo de 12,8ºC, o milho não tem condições de produzir.
Quanto à capacidade de germinar e iniciar o desenvolvimento vegetativo, poucas linhagens conseguem germinar satisfatoriamente em temperaturas abaixo de 10ºC.
O período de florescimento e maturação é acelerado em temperaturas médias diárias de 260C e retardado abaixo de 15,5ºC.
Quanto ao regime pluviométrico, regiões onde a precipitação varia de
250mm até 5.000mm anuais possibilitam a instalação da cultura de milho.
Admite-se que o mínimo de 200 mm de precipitação, durante o verão, é indispensável para a produção sem irrigação.
O clima mais favorável à cultura é aquele que apresenta verões quentes e úmidos durante o ciclo vegetativo, acompanhado de invernos secos o que vem a facilitar a colheita e o armazenamento.
No Brasil, com exceção de algumas regiões da Bacia Amazônica, do Nordeste e extremo Sul, não há limitação climática para a produção do
milho.

ESCOLHA DO TERRENO

A escolha do terreno para a cultura do milho tem grande importância para que se consiga produções elevadas, capazes de proporcionar lucros compensadores. Deve-se destinar a essa cultura, preferivelmente, as glebas que possuem solos férteis, profundos, soltos e de boa permeabilidade à água e ao ar. Os solos encharcados não se prestam à cultura do milho.
As glebas devem ser planas ou apresentar inclinações suaves, permitindo assim a maior mecanização possível de todas as operações exigidas pela cultura. Nas glebas muito acidentadas, não permitindo a mecanização, tem que se empregar mais mão-de-obra para realizar as operações necessárias, fazendo com que os lucros diminuam, além de apresentarem sérios problemas de controle da erosão, provocada pelas enxurradas.

SOLO

Uma vez escolhido o terreno, o lavrador deve retirar a amostra do solo e enviá-la ao laboratório, onde será realizada a análise química através de laboratórios ou das Casas da Agricultura. A coleta de amostras de solo deve ser efetuada com bastante antecedência, para que as recomendações de adubação cheguem às mãos dos lavradores em tempo adequado. Assim a aquisição de corretivos e fertilizantes será feita com certa antecedência, evitando atropelos de última hora. Agindo dessa maneira, o lavrador terá tempo suficiente para se informar convenientemente sobre os fertilizantes a serem adquiridos e também a firma que lhe possa fornecê-los a melhores preços e condições. O lavrador não deve se esquecer do fato de que saber comprar influi também no lucro final de seu empreendimento.
As instruções, para a coleta de amostras de terra para a análise química, devem ser observadas atenciosamente pelos lavradores. Essas instruções encontram-se detalhadamente descritas no verso do formulário que deve ser preenchido pelo lavrador e, se possível, com o auxílio de um Técnico. É interessante frisar que alguns laboratórios não procedem a análise de solo sem que esse questionário seja preenchido.
Outro ponto importante é a exatidão das informações que devem ser prestadas por ocasião do preenchimento desse questionário. Esse questionário consciente, exato e completamente preenchido, constitui um elemento de muito valor para o técnico que vai recomendar a adubação. Permite, juntamente com os dados obtidos no laboratório, fazer a recomendação mais adequada, principalmente do ponto de vista econômico.

PREPARO DO SOLO

milho, como todas as culturas, tem necessidade de ser semeado num terreno bem preparado, sem o que a semente não terá condições favoráveis para uma boa germinação e também a planta terá dificuldades para desenvolver-se, acarretando queda da produção. Um bom preparo do solo visa, primordialmente, melhorar a relação solo-ar-água, além de eliminar as ervas daninhas que normalmente infestam as glebas, nos períodos que ficam desocupadas entre uma cultura e outra. Para que o preparo de solo seja satisfatório e as plantas venham se beneficiar, deve-se proceder, em primeiro lugar e preferencialmente, com alguma antecedência, a destruição dos restos da cultura que ocupou a gleba no ano anterior. Para isso o lavrador lança mão de grade de discos, roçadeira de pasto ou rôlo-faca. Não possuindo esses implementos, deve-se fazer o enleiramento desses restos no sentido de "cortar as águas" ou seguindo as curvas de níveis, se estas já estiverem marcadas sobre a gleba. Essa medida visa proteger o solo contra a ação das enxurradas, evitando a erosão e as queimadas, que podem vir, com o correr dos anos, comprometer seriamente a fertilidade do solo. A destruição dos restos culturais facilitar a sua decomposição bem como as operações, seqüentes, principalmente, a aração, semeadura e operações de cultivo.
A aração deve ser processada a urna profundidade de 15 a 20cm, em número de uma ou duas conforme as condições e o tipo de solo. Se o terreno vem sendo cultivado seguidamente durante os últimos anos, uma única aração é suficiente. Se for terreno de pastagem ou estiver em descanso, enfim, estiver mais "sujo", poderá haver necessidade de duas arações, para que todos os restos fiquem bem enterrados e não venham a constituir obstáculos para as operações futuras, principalmente a semeadura que é uma operação que deve ser realizada com bastante capricho e exatidão.
Segue a operação de gradagem que nos solos leves, arenosos, uma só, nas vésperas da semeadura, é o suficiente. Nos solos mais pesados, argilosos (terra roxa), pode haver necessidade de mais de uma gradagem.
Qualquer que seja o tipo de solo e as condições em que se encontra, o importante é que, no final do preparo, esteja bem destorroado, para que as sementes e posteriormente as plantas encontrem as melhores condições de germinar e desenvolver-se bem.
A gradagem feita nas vésperas da semeadura serve também para evitar que as ervas daninhas concorram com as plantas de milho, logo no início de seu desenvolvimento, época essa em que são mais prejudicadas pela concorrência de plantas invasoras.
A destruição dos restos culturais pode ser iniciada desde terminada a colheita anterior, geralmente do mês de maio em diante, até fins de agosto. No início de setembro, ou mesmo antes, havendo condições de umidade ou conforme o tipo de solo, já se inicia a atação seguida das gradagens necessárias. Essas épocas referem-se às condições do Estado de São Paulo. O importante é que, no período compreendido entre fim de setembro e início de outubro, o solo esteja em perfeitas condições de receber as sementes.
A conservação do solo implica numa série de medidas, todas orientadas no sentido de preservar ou melhorar a sua fertilidade e evitar as perdas por erosão. Assim é que o lavrador deve manter o controle sobre queimadas, adubações, rotação de culturas, executar culturas em faixas alternadas, alternar capinas, adotar plantio em nível, construir cordões em contorno e fazer terraceamento. As práticas mecânicas de conservação do solo devem ser aliadas às práticas vegetativas para que o conjunto se reflita numa conservação racional, eficiente e segura.
Sendo um conjunto de práticas relativamente complexo, o lavrador deve sempre recorrer a um Técnico para que seja devidamente orientado, evitando assim perda de tempo e dinheiro.

PLANTIO

Semeadura
milho, no Estado de São Paulo, pode ser semeado desde setembro até novembro, conforme as condições de umidade do solo. A época mais recomendada, conforme experiências realizadas, é o mês de outubro.
Não se deve antecipar e nem atrasar muito a época de semeadura, tomando-se como referência o mês de outubro. Pode-se observar, na prática, que há uma queda progressiva de produção, principalmente quando a época de semeadura é retardada para os meses de novembro e dezembro. Esses dados são válidos para a Região Sul do Brasil, de Minas até o Rio Grande do Sul. Para o norte do país o milho é semeado nos meses de março a abril. Para o Estado de São Paulo, a semeadura sendo realizada em outubro, o florescimento ocorrerá em dezembro-janeiro que normalmente é uma época do ano bastante chuvosa. Sabe-se que durante o período de florescimento, que ocorre entre 75 e 80 dias após a semeadura, é a fase em que as plantas de milho mais necessitam de calor e umidade no solo. Portanto a semeadura de outubro é a que mais convém e a que oferece mais segurança no sentido do solo possuir umidade suficiente, no período de maior necessidade das plantas.
Um dos pontos básicos para o sucesso econômico de uma cultura de milho é a aquisição, por parte dos agricultores, de sementes de "boa qualidade".
Se há um ponto em que o lavrador não deve procurar economizar é na aquisição de boas sementes, pois de nada adiantará gastos elevados com um bom preparo de solo, adubação, cultivos, etc. se o material semeado não tiver condições de lhe proporcionar uma cultura altamente produtiva. Do gasto total, desde o preparo de solo até a colheita, a aquisição de boas sementes não ultrapassa, via de regra, 4 a 5% desses gastos.
Quando os técnicos insistem, junto aos lavradores, no sentido de empregar sementes selecionadas de híbridos ou variedades, há razões diversas para justificar essa insistência:
A produção é maior, cerca de 25 a 30% mais que as variedades antigamente cultivadas ou qualquer outra semente sem origem determinada, ou seja, sementes retiradas do próprio paiol do lavrador
Os híbridos possuem maior resistência às condições desfavoráveis, principalmente falta de chuvas; possuem sistema radicular mais vigoroso, possibilitando maior exploração do solo na absorção de nutrientes, maior resistência ao acamamento, doenças, etc
Possuem grande uniformidade tanto no que se refere ao tamanho das plantas como a altura de inserção das espigas, o que vem facilitar a colheita, principalmente mecanizada
Os híbridos permitem a obtenção de grãos uniformes, tanto na cor como na consistência, apresentando-se comercialmente mais vantajosos
Atualmente, com o sistema de crédito agrícola orientado, adotado por parte da rede bancária, tanto oficial como particular, há exigências no sentido de que o lavrador, para obter financiamento de sua atura, use semente selecionada.

CALAGEM E ADUBAÇÃO

Conforme os resultados da análise da terra enviada pelo lavrador, juntamente com outras informações sobre a gleba onde será cultivado o milho o Técnico recomendará a adubação mais adequada e aplicação de corretivos se for necessário.
Calagem: A erosão, o cultivo intensivo, o clima e a própria origem do sol podem ser os responsáveis pela menor ou maior acidez de um solo. A acidez de um solo é expressa por um índice denominado pH (potencial hidrogeniônico). A escala de pH varia de 0 a 14, sendo que 07 é o valor neutro.
Quando numa análise aparece pH menor que 07 dizemos que o terreno é ácido, pH maior que 07 é alcalino. As plantas de modo geral requerem um solo que não possua acidez elevada, ou seja, o índice pH deve girar entre 06 e 07.

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