quarta-feira, 20 de julho de 2011

Milho

Existem plantas que toleram um solo apresentando pH mais baixo, portanto, mais ácido, outras já exigem solos com pH mais elevado, até mesmo acima de 07.
milho desenvolve-se bem em solos cujo índice pH esteja compreendido entre 5,5 e 7,5. Existe outro tipo de acidez determinada por altos teores de Alumínio trocável no solo denominada acidez nociva ou tóxica, esta de grande importância, sendo causa de baixas produtividades, em muitas culturas de milho. O alumínio quando aparece livre no solo acima de certos limites, é um elemento tóxico às plantas.
Essas formas de acidez quando ocorrem em um solo, procura-se neutralizá-las através da calagem que nada mais é que a aplicação de materiais contendo cálcio e capazes de diminuir ou mesmo eliminar essa acidez. Esses materiais contendo Cálcio são denominados genericamente de corretivos sendo o principal o Pó Calcário e dentre os tipos de Calcário, o Dolomítico é o mais empregado, pois contém cerca de 25 a 30% de CaO e 13 a 20% de MgO, sendo o magnésio um elemento importante na nutrição vegetal.
Para a cultura do milho, dados experimentais demonstram que para uma exploração econômica o pH não deve ser inferior a 5,0 e o teor de cálcio inferior a 2,0 e.mg/100ml de solo.
Com o pH acima de 5,4 a experimentação demonstrou que não há resposta a aplicação de calcário e entre os valores 5,0 e 5,4 a resposta e intermediária. Desses resultados deduz-se que as recomendações de calagem só devem ser feitas, depois de obtido, através da análise da terra o índice pH e o teor de Cálcio do solo. Quando houver necessidade de aplicar o calcário, mesmo que pelos resultados analíticos haja necessidade de quantidades razoáveis de corretivo, do ponto de vista prático é aconselhável não ultrapassar a quantia de 2 toneladas/ha por ano.
Quanto a época de aplicação, o calcário deve ser esparramado sobre o solo com bastante antecedência, no mínimo 60 dias antes da semeadura, e igualmente distribuído sobre o terreno. A pesquisa determina que o melhor resultado se obtém quando a dose recomendada é aplicada parceladamente, sendo a metade dessa dose aplicada ante da aração e a outra metade depois da aração, fazendo-se em seguida a incorporação pela gradagem.
A ação benéfica da calagem reflete-se às vezes, não pelo fato de se conseguir uma elevação do índice pH do solo, mas sim, pela eliminação do Al+++ trocável do solo (acidez nociva).
A calagem corretamente recomendada aumenta a eficiência da adubação mineral, tornando-a econômica, quando não o seria, levada a efeito sem a devida correção do solo. Por essa razão a aplicação isolada do calcário como corretivo é contra indicada.
A calagem quando praticada em excesso pode acarretar o desequilíbrio catiônico do solo, prejudicando a absorção pelas plantas do potássio e do magnésio. Pode também pela elevação a níveis superiores do pH, diminuir a disponibilidade de micro-nutrientes como o manganês, ferro, boro, cobre e zinco e reduzir a solubilidade do fósforo e provocar a perda de fertilizantes nitrogenados (Na amoniacal). Por essas razões e outras já apontadas a calagem é uma prática que deve ser orientada por Técnicos e o agricultor nunca deve processá-la sem uma consulta prévia com os técnicos.

CALCULO DE CALAGEM

- Abudação de Plantio: Em função dos teores de fósforo e potássio dados pela análise do solo.
- Adubação em cobertura: Aplicar 40 kg/ha de nitrogênio;
- Calagem: A quantidade de calcário deve ser calculada com base na análise de solo e de acordo com a fórmula:
NC = necessidade de calcário em tom/ha
T = capacidade de troca catiônica do solo ou a soma de k+Ca+Mg+H+H, em e.mg/100cm3de terra, dados pela análise do solo
V2 = porcentagem de saturação de bases desejada, para milho usar 60%
V1 = porcentagem de saturação de bases fornecidas pela análise do solo
f = 100/ORTN; fator de correção considerando a qualidade do corretivo, sobretudo o grau de finura; pode-se usar f =1,5.

ADUBAÇÃO

As aplicações de fertilizantes juntamente com a colheita, são os dois fatores que atualmente mais oneram o custo de produção domilho. Por essa razão a adubação é uma prática que deve ser levada a efeito sob uma orientação segura.
A base para essa orientação é a análise química do solo e as demais informações sobre a gleba, contidas no questionário enviado ao laboratório, juntamente com a amostra de terra. Cada gleba de terra, conforme a análise, o tipo de solo e o seu uso atual, constitui-se num caso particular para recomendação de uma adubação racional, razão pela qual não se deve indicar uma fórmula geral.
A adubação da cultura de milho é feita normalmente em duas fases:
a adubação básica e a adubação nitrogenada em cobertura.
A adubação básica NPK é aplicada no sulco, via de regra, concomitantemente à operação de semeadura. Nessa ocasião aplica-se a dose total recomendadas de fósforo e potássio e apenas 1/4 a 1/3 da dose total de Nitrogênio.
Deve-se tomar cautela para que os fertilizantes fiquem fora de contato com as sementes, para que não haja perigo de prejudicar a germinação.
A posição ideal do fertilizante em relação às sementes no solo é que fique ao lado e pouco abaixo das mesmas.
A aplicação de Nitrogênio em cobertura deve ser processada aos 35 dias após a germinação e preferivelmente após um dos cultivos, para que o fertilizante não venha a beneficiar ervas daninhas existentes no terreno, em prejuízo das plantas de milho. Um outro ponto de referência para a aplicação do fertilizante nitrogenado em cobertura, é quando as plantas estejam a altura dos joelhos.
Tanto na aplicação da adubação básica como em cobertura o fertilizante deve ser distribuído mais homogeneamente possível e na dosagem correta. Para isso há necessidade de regular com exatidão as adubadeiras.
Esse equipamento quer seja de tração animal ou motora, só fica bem regulado quando o teste é feito em condições de trabalho, sobre a terra que vai ser trabalhada. Para isso o lavrador primeiramente faz uma regulagem grosseira, depois com o recipiente devidamente cheio de adubo, percorre uma determinada distância, 50m, por exemplo, no próprio terreno, como se estivesse realmente semeando e adubando, tendo o máximo cuidado de fechar a saída do adubo, próximo ao solo, com um saquinho plástico.
Percorrida essa distância previamente marcada, retira-se o saco plástico e pesa-se, verificando, posteriormente, se a quantia de adubo que caiu, confere com a quantia que deve ser distribuída por metro de sulco. Se cair demais ou de menos, por tentativa, deve repetir essa operação até que a quantia caída seja a recomendada. Esse trabalho feito em terreno firme, sobre piso ladrilhado ou girando a roda motora da adubadeira quando levantada, nunca dá a regulagem exata que se obtém quando se efetua essa tentativa sobre o próprio terreno e nas condições que se apresenta, condições essas reais de trabalho. O evidente que dá um pouco mais de trabalho, mas compensa.
É conveniente que de vez em quando a regulagem seja conferida, pois pode haver alteração principalmente com as mudanças do estado de umidade do solo, condições de preparo do mesmo e também por variações de umidade e estado de agregação do fertilizante.
Quantos aos resultados da adubação química em termos de aumento de produção, de modo geral há uma resposta positiva, mas é conveniente que o lavrador não despreze o aspecto econômico dessa prática, pois nem sempre a maior produção é a mais econômica, ou seja, a que dá mais lucro. As recomendações de adubação devem levar em consideração não só as exigências da planta e do solo, mas também o fator econômico dessa prática, e os resultados obtidos em condições de grandes culturas no Estado de São Paulo, comprovam que a adubação feita segundo as recomendações técnicas, via de regra, dão resultados econômicos altamente compensadores.
Finalmente outro aspecto importante sobre adubação e que tem grande significado no aumento de produção é relativo à matéria orgânica. É notadamente sabida a deficiência de matéria orgânica na grande maioria de nossos solos. Qualquer adição de matéria orgânica quer seja através da adubação verde, esterco de curral, de galinha, etc., obtém-se respostas altamente significativas.
Nota-se em geral, grande desperdício de tão valioso material nas nossas fazendas, razão pela qual faz-se um alerta aos lavradores que procurem racionalmente levar esse material aos campos de cultura, ao invés de perdê-lo por simples abandono.

SEMEADURA

A semeadura compreende diversas operações e normas técnicas que devem ser adotados pelos lavradores. Pode-se mesmo afirmar que a semeadura, feita corretamente, é uma das operações que maior implicação tem na produção a ser obtida. Mesmo que o solo seja muito bem preparado, conservado, fertilizado, produções medíocres serão obtidas se a semeadura não for feita corretamente. Espaçamento, quantidade de semente e modo de semear, são os três aspectos mais importantes da operação de semeadura e para os quais o lavrador deve voltar toda a sua atenção e procurar executá-los da melhor maneira possível, para que prejuízos futuros não ocorram.
A primeira operação a ser executada é o sulcamento ou riscação do terreno. Se a semeadura for executada por semeadeiras de tração com trator, de duas ou mais linhas, o sulcamento é feito simultaneamente com a operação de semeadura propriamente dita. Essas semeadeiras normalmente possuem os sulcadores adequados para essa operação. Quando se emprega a semeadeira de tração animal, há necessidade de executar a riscação ou sulcamento do terreno numa operação independente da semeadura. Com as semeadeiras de tração animal não é possível executar as duas operações simultaneamente, como nas de tração motora.
O sulco ou risco deve ter uma profundidade em torno de 15cm. e largura de 30cm, conforme o esquema abaixo.
Executado segundo essa recomendação, esse sulco apresenta vantagem, principalmente no que se refere à facilidade de cultivo para controle de ervas daninhas, que se desenvolvem junto com as plantas de milho, logo após a germinação.
Quando na gleba já estão locadas as linhas de nível, o sulcamento deve obedecer ao sentido das mesmas. Caso não haja essa marcação, será executado procurando a direção que "corte as águas".
A segunda operação é a semeadura propriamente dita e que envolve principalmente espaçamento, regulagem das semeadeiras e cobertura das sementes.
O espaçamento adotado deve ser o de 1metro entre os sulcos e as semeadeiras reguladas para deixar cair de 6 a 7 sementes por metro do sulco, quando se tem um semente com 90% para mais de germinação. As semeadeiras, tanto de tração animal como motora, possuem duas aletas colocadas posteriormente do local que deixa cair às sementes no solo, que devem ser bem reguladas para que a quantia de terra colocada sobre a semente seja uma camada uniforme, de 5 cm mais ou menos.
Essa recomendação relativa à quantidade de sementes por metro de sulco é dada no sentido de se obter, no final do ciclo da cultura, cinco plantas produtivas por metro, que é a população ideal de plantas por unidade de área, ou seja, 50.000 plantas por ha ou cerca de 120.000 plantas por alqueire paulista.
Resultados obtidos nos ensaios de espaçamento de milho, realizados pelo Instituto Agronômico de Campinas, mostraram os seguintes resultados:
Espaçamento ( em metro )Produções obtidas em kg/ha
1 Planta2 Plantas
0,204.6904.060
0,403.9304.460
0,602.7204.120
0,802.7203.690
1,002.1603.240
Pelo quadro acima, nota-se que o espaçamento de melhor resultado foi o de 20cm entre uma planta e outra. Como os sulcos são distanciados 1 metro entre si, a população das plantas será da ordem de 50.000 por hectare.
O espaçamento pode sofrer variações, pois a recomendação acima pode não ser a mais correta levando em consideração a fertilidade do solo, ou a quantidade de fertilizantes aplicados. Por essa razão, o lavrador que vem plantando milho ou outra cultura durante anos seguidos, portanto, conhecendo bem a capacidade de produção de seu solo, deverá ter o conhecimento do espaçamento que melhor produz em suas terras.
A recomendação de 6 a 7 sementes por metro de sulco, com o objetivo de se obter 50.000 plantas/ha, é a que proporciona melhor resultado, partindo do princípio de que o solo seja bastante fértil ou as adubações corretamente processadas.
Como se pode notar, a quantia de sementes que se recomenda, está um pouco acima do número de plantas que se pretende obter por metro de sulco. Essa recomendação é plenamente justificável porque dificilmente 100% das sementes germinarão e mesmo que germinem algumas plantas poderão sofrer danos mecânicos por ocasião dos cultivos, serem atacados por alguma praga, etc. Há assim uma garantia de se obter uma população razoável por unidade de área, sem o que infalivelmente não se obterá as melhores produções, mesmo que todas as operações e adubação sejam corretamente executadas.
Essas recomendações para a operação de semeadura partem do princípio de que o lavrador possua, pelo menos, uma semeadeira/adubadeira, de tração animal. A semeadura realizada manualmente, ou com equipamento mais rudimentar, deixa muito a desejar, e, só se justifica para áreas muito pequenas, que não compense ao lavrador possuir um animal, e uma semeadeira/adubadeira. É um equipamento relativamente barato e serve também para adubar e semear outras culturas, o que torna sua aquisição menos onerosa.
Pelo quadro acima, nota-se que o espaçamento de melhor resultado foi o de 20cm entre uma planta e outra. Como os sulcos são distanciados 1 metro entre si, a população das plantas será da ordem de 50.000 por hectare.
O espaçamento pode sofrer variações, pois a recomendação acima pode não ser a mais correta levando em consideração a fertilidade do solo, ou a quantidade de fertilizantes aplicados. Por essa razão, o lavrador que vem plantando milho ou outra cultura durante anos seguidos, portanto, conhecendo bem a capacidade de produção de seu solo, deverá ter o conhecimento do espaçamento que melhor produz em suas terras.
A recomendação de 6 a 7 sementes por metro de sulco, com o objetivo de se obter 50.000 plantas/ha, é a que proporciona melhor resultado, partindo do princípio de que o solo seja bastante fértil ou as adubações corretamente processadas.
Como se pode notar, a quantia de sementes que se recomenda, está um pouco acima do número de plantas que se pretende obter por metro de sulco. Essa recomendação é plenamente justificável porque dificilmente 100% das sementes germinarão e mesmo que germinem algumas plantas poderão sofrer danos mecânicos por ocasião dos cultivos, serem atacados por alguma praga, etc. Há assim uma garantia de se obter uma população razoável por unidade de área, sem o que infalivelmente não se obterá as melhores produções, mesmo que todas as operações e adubação sejam corretamente executadas.
Essas recomendações para a operação de semeadura partem do princípio de que o lavrador possua, pelo menos, uma semeadeira/adubadeira, de tração animal. A semeadura realizada manualmente, ou com equipamento mais rudimentar, deixa muito a desejar, e, só se justifica para áreas muito pequenas, que não compense ao lavrador possuir um animal, e uma semeadeira/adubadeira. É um equipamento relativamente barato e serve também para adubar e semear outras culturas, o que torna sua aquisição menos onerosa.

COLHEITA

milho semeado em outubro, estará no ponto de colheita entre abril e maio, ou seja, cerca de 160 a 180 dias após a semeadura.
milho deve ser colhido quando a planta estiver bem saca e os grãos não devem apresentar mais de 15% de umidade. Se houver chuvas durante a colheita, deve esperar que as espigas tornem a secar na própria planta e depois reinicia-se a colheita, para impedir que as espigas sejam armazenadas úmidas.
A colheita pode ser executada por processos manuais ou mecanizado, através de colhedeiras.
No processo manual, o colhedor apanha as espigas e coloca-as em jacás ou balaios, despejando-as em pequenos montes denominados balisas ou bandeiras. Depois da colheita da gleba, ou nos últimos dias da semana, é que se processa o amontoamento, agora em montes maiores, que serão transportados aos paióis ou aí permanecerão à espera da debulhadeira. Esse é o processo corrente entre nós e que apresenta uma série de defeitos, razão pela qual deve ser abandonado. Mesmo que não adote a colheita manual pelo processo da "colheita direta", que descreveremos a seguir, não se deve deixar o milho durante muito tempo amontoado em "bandeiras" ou "balisas", espalhado pela roça. Deve-se procurar amontoar o milho quando se colhe no dia, evitando assim que as espigas fiquem em contato com solo e apanhando umidade pelo sereno ou mesmo de chuvas ocasionais. Em montes maiores já se pode pensar em fazer uma proteção com os colmos das plantas, forrando bem o solo no local onde se vai iniciar o monte e depois os cobrindo, também com os colmos do próprio milho.

MANUAL

A colheita manual também pode ser executada por um outro processo denominado de "colheita direta", que é mais rápido e não apresenta os inconvenientes que acabamos de descrever acima. Os colhedores nesse caso conforme vão colhendo as espigas, atiram-nas em uma carroça ou carreta que os acompanha na mesma marcha que se desenvolve a colheita. A carroça ou carreta possui um anteparo de pano colocado no centro e acima da carroceria no sentido de seu comprimento, tal como um lençol no varal, permitindo que os colhedores de ambos os lados da carreta atirem as espigas de certa distância aos quais batendo nesse anteparo tem sua queda amortecida, caindo dentro do veículo. Esse processo é mais racional, evitando a exposição das espigas à umidade e pragas, e omilho pode facilmente ser transportado a locais abrigados, sem ter necessidade de ficar amontoado na roça.

MECÂNICA

A colheita mecanizada é executada por colhedeiras e seu emprego somente se justifica em áreas, acima de 50 ha. A colheita mecanizada tende a expandir-se rapidamente, não só pelas facilidades de financiamento, mas também pela aquisição por cooperativas e alocadas a seus associados, pequenos agricultores que não tem condições de adquiri-las.

PRAGAS E DOENÇAS

milho também é atacado por diversas pragas que podem ocasionar prejuízos à produção.
Quanto ao problema de doenças, as variedades e híbridos recomendados, foram selecionados visando também resistência às doenças. Pode-se afirmar, principalmente nas condições do Estado de Paulo, com raras exceções, as doenças não têm aparecido a ponto de causar sérios prejuízos à cultura.
O controle de pragas na cultura de milho ainda é uma prática executada esporadicamente pelos agricultores. Em outras culturas como o algodão, amendoim, citrus, etc, esse fato não ocorre pois os lavradores que a elas se dedicam tem uma preocupação permanente com relação às pragas que as atacam.
Com relação à cultura do milho, tem-se verificado um progresso palpável nas práticas de fertilização, emprego de sementes selecionadas, tratos culturais, etc. Quanto ao controle de pragas, a cultura, praticamente, não sofreu grandes evoluções, motivo pelo qual defrontamos com lavouras muito bem semeadas, adubadas e cultivadas, mas chegando à colheita com produtividade relativamente baixa.
Um dos principais fatores responsáveis pelo baixo rendimento obtido na cultura de milho no nosso meio é a ausência de controle de pragas. Dentre as causas da não adoção dessa prática, pela grande maioria dos lavradores, pode-se citar:
milho sendo uma cultura extremamente difundida, sofre uma variação muito grande no grau de tecnificação, de acordo com regiões, grau de instrução e poder aquisitivo dos lavradores, tamanho das culturas e principalmente com a finalidade da produção
O produto, via de regra, apresenta uma grande oscilação de preço, com baixas acentuadas durante a safra, concorrendo para que o lavradores sintam-se inseguros no sentido de investir maior soma com a cultura
- Dificuldade de aplicação de inseticidas, devido ao rápido desenvolvimento das plantas, atingindo porte que torna difícil o tratamento com aplicadores manuais ou mesmo mecanizados, que convencionalmente, são utilizados em outras culturas de porte menos elevado;
- Falta de divulgação, entre os lavradores, da existência de aparelhos adequados para aplicação mais eficiente e correta dos inseticidas;
- Falta de demonstração da viabilidade econômica e vantagens que o tratamento contra as pragas proporciona sobre o rendimento da cultura;
- Falta de conhecimento, por parte dos lavradores, sobre as principais pragas da cultura e os prejuízos que acarretam;
- Falta de um esquema de tratamentos, como os existentes outras culturas, que venha a servir de orientação aos lavradores fornecendo-lhes, também, condições para calcular o custo dos inseticidas e das aplicações. Esse aspecto, talvez, seja um dos importantes, pois, havendo possibilidade de se fazer essa previsão de gastos, os mesmos poderão ser ajustados com maior segurança dentro dos limites econômicos que a cultura permite.
Uma vez apontadas as principais causas e dificuldades que impedem a adoção da prática de controle de pragas na cultura de milho, surge necessidade de encarar o problema com o objetivo de fazer com que os lavradores passem a adotá-la e a mesma se torne rotina, evitando que grandes prejuízos ocorram, principalmente, nos anos que ocorrem ataques mais intensos.
Tem-se verificado que os maiores prejuízos devido às pragas ocorrem na fase inicial de desenvolvimento da cultura, quando as plantas ainda, estão com um porte que permite fazer o tratamento sem maiores dificuldades e empregando-se aparelhamento convencional, tanto manual como mecanizado.
Uma orientação que inicialmente pode ser adotada a fim de diminuir prejuízos e com o objetivo de introduzir paulatinamente essa prática entre os lavradores, é a recomendação de um tratamento até, mais ou menos, dez dias após a germinação. A partir desse tratamento, a cultura deve ficar sob observação principalmente visando detectar o início do ataque da lagarta do "cartucho" (S. Frugiperda), quando o segundo tratamento será efetuado se houver necessidade. Esse segundo tratamento, se necessário, via de regra, poderá ser executado sem grandes dificuldades porque as plantas ainda possuem um tamanho que não impede a operação seja ela executada com aparelhos manuais ou mecânicos. Daí para frente, as plantas com porte já elevado, havendo ataque intenso de lagartas, o único meio mais viável de controle será o polvilhamento e empregando-se polvilhadeira mecanizada com grande capacidade de alcance. Para culturas de pequenas áreas a aplicação pode ser executada com aparelhos manuais, mas com certo desconforto para o operador e expondo-o à ação maléfica do inseticida.
Aparelhos especiais para aplicação de inseticidas na forma ultraconcentrada (LVC), podem ser usados e com grande resultado, contornando essa dificuldade de aplicação devido ao porte elevado das plantas já numa fase mais adiantada de seu desenvolvimento.
Como última recomendação, não se pode esquecer a importância do controle cultural, que consiste de uma série de medidas que sendo executadas, concorre de maneira efetiva para a diminuição das infestações podendo reduzi-las a níveis mais baixos. É interessante frisar que o controle cultural implica em operação normal da cultura de milho, mas que devem ser executadas com certo critério, principalmente no que diz respeito à época, sendo, portanto uma medida que não implica em gastos extras.

MEDIDAS QUE DEVEM SER ADOTADAS

Colheita em época certa, seguida de destruição dos restos culturais e entorno dos mesmos
Preparo do solo bem executado e na época adequada
Manutenção da cultura e das áreas adjacentes no limpo, ou seja, isentas de ervas daninhas e outros tipos de vegetação que, normalmente, servem de hospedeiros das pragas
Rotação de culturas é uma medida importante não só sob o aspecto de controle cultural das pragas, mas também sob o ponto de vista de fertilidade e conservação do solo.
Quanto ao controle biológico, algumas pragas têm inimigos naturais, que, geralmente também, são insetos, mas, o controle por essa via é praticamente desprezível, o controle biológico, geralmente ocorre por parasitismo mas não pode ser considerado um fator importante. Mais importante são os predadores, especialmente os pássaros.

Principais pragas do solo

FORMIGAS

Causam grandes prejuízos, principalmente, quando as plantas ainda são pequenas. As formigas devem ser combatidas antes da aração e se necessário, far-se-á um repasse depois do solo estar preparado, antes da semeadura. Quanto ao controle da formiga, deve-se consultar o Técnico Agrícola e ele, fornecerá instruções detalhadas, sobre a maneira de aplicar o veneno e quais os que devem ser usados.

CUPINS

São insetos subterrâneos e atacam as raízes das plantas e podem ocasionalmente causar sérios danos à cultura. Seu combate é feito através de aplicação de inseticidas aplicados no sulco da semeadura.

PERCEVEJO CASTANHO

Vive sob o solo e ataca as raízes. O seu controle é feito da mesma maneira que dos cupins;

LAGARTA ROSCA

Uma lagarta de hábitos noturnos. Durante o dia ela fica escondida debaixo da terra e à noite sai, atacando o colo das plantas no início do crescimento. Seu combate é feito com inseticidas, aplicados em pulverização;

LAGARTA ELASMO

Esta lagarta ataca as plantas no início do crescimento, na parte da planta próxima ou logo abaixo do solo. Ela constrói galerias no interior do colmo, prejudicando grandemente o desenvolvimento das plantas. Seu combate é feito através de inseticidas. As aplicações podem ser feitas tanto em polvilhamento como em pulverização, procurando sempre atingir o colo das plantas.

Principais pragas da parte aérea

LAGARTA DOS MILHARAIS

Ataca as folhas e posteriormente introduz-se no cartucho, alimentando-se das folhas, atrasando o crescimento das plantas, causando prejuízos consideráveis. É considerada como uma das pragas que mais prejuízos causam à cultura;

LAGARTA DOS CAPINZAIS

Alimenta-se das folhas e tem grande voracidade, destruindo todas as folhas, deixando somente o colmo e causando grandes danos à cultura;
Essas duas lagartas são combatidas com inseticidas em pó ou líquido.
Para a lagarta dos milharais (lagarta do cartucho) deve-se preferir a forma líquida e dirigir o jato do pulverizador para o interior do cartucho das plantas.

LAGARTA DAS ESPIGAS

Ataca as espigas desde o início da formação dos grãos e durante a fase do estado leitoso, podendo também atacar as folhas. Além de destruir em parte as espigas, deixa orifícios na palha, por onde penetram fungos e outros microorganismos e água de chuva, concorrendo assim para a deterioração da espiga. Seu controle é difícil, pois a lagarta aloja-se dentro da espiga e fica muito bem protegida. Usa-se para o seu controle inseticidas clorados, misturados com óleos miscíveis, que auxiliam a penetração do inseticida no interior da espiga, através dos cabelos. O jato de pulverização deve ser dirigido diretamente à extremidade da espiga, na região dos cabelos;

PULGÃO

O milho ainda é atacado por pulgões que além de sugarem as plantas, são transmissores de doenças viróticas. Seu controle é feito com inseticidas fosforados;

PRAGAS NO ARMAZÉM

O milho quando armazenado, quer seja em grão ou em palha, é atacado por diversas pragas que podem facilmente comprometer a qualidade do produto bem como provocar grande perda de peso.
As duas principais pragas do milho armazenado são: carunchos e traças. O controle dessas pragas deve ser feito com inseticidas misturados aos grãos na dosagem indicada. Se o milho for armazenado em palha, devemos limpar e desinfetar bem o paiol e depois de cada camada de espigas (com cerca de 20 cm) polvilhar bem o inseticida na dose indicada. A eficiência desse tratamento do milho em palha é discutida e experiências demonstram que o controle não é satisfatório.
Fonte: www.criareplantar.com.br

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