A Larva Minadora dos Citros, Phyllocnistis citrella, foi detectada no
Brasil no início de 1996 e se espalhou, em poucos meses, por todas as
regiões do país.
Ataca brotações novas de todas as variedades cítricas. Os ovos são
depositados nas folhas novas, de onde emerge a larva, que se alimenta
da folha formando galerias. Normalmente ataca folhas, no entanto, em
alta população, pode ser observada nos ramos das vegetações novas
e em frutos. No final da sua fase de larva, a Minadora migra para a
borda das folhas onde constrói um casulo que a abrigará durante a fase
de pupa, até se tornar adulta.
A sua presença nos pomares favorece a contaminação pela
bactéria do Cancro Cítrico.
Sintomas
As larvas provocam a formação de galerias nos tecidos das folhas. Essas galerias aparecem inicialmente como um pequeno risco de coloração branca e posteriormente vão formando um zigue-zague mais largo. Elas atacam as duas faces da folha e pode-se observar a presença de mais de uma larva em cada folha. |
Controle
Devido à sua preferência por vegetações novas, o controle deve ser feito
no início da primavera, quando é observado o estágio inicial das brotações,
período de desenvolvimento da larva. O controle da praga é importante pois
diminui as chances do pomar ser contaminado pelo Cancro Cítrico e evita
que as plantas fiquem debilitadas pela ação da própria Minadora.
No entanto, antes de se iniciar o controle é preciso conhecer a
incidência da praga nos talhões:
- Divida a propriedade em talhões de aproximadamente 2 mil plantas.
- Em cada talhão escolha aleatoriamente 1% delas (20 árvores)
- para fazer o levantamento das plantas em formação ou em produção
- que estejam na fase de vegetação.
- Examine em cada planta alguns ponteiros de ramos recém brotados
- e anote se há ou não a presença da praga. A presença é positiva quando
- há na folha pelo menos uma larva que esteja no primeiro ou segundo estágio.
- 1o estágio: larva cuja cabeça é maior que o corpo
- 2o estágio: larva que se encontra em galerias ainda pouco desenvolvidas, - ainda estão distantes da lateral da folha
O controle deve ser adotado em pomares novos quando o talhão apresentar
10% de ramos com larvas vivas no primeiro e segundo estágio e no caso de
pomares adultos, quando 30% de ramos apresentarem larvas no primeiro e
segundo estágio. No entanto, se a propriedade estiver em uma área crítica
com relação aoCancro Cítrico ou se o pomar teve registro de contaminação
pela doença, o controle deve ser feito mesmo que haja apenas uma única
larva no talhão.
Controle Químico
Depois de conhecida a incidência nos talhões, o controle químico é feito
por meio de pulverizações e devem ser aplicados produtos seletivos aos
inimigos naturais da Larva Minadora.
Antes da aplicação dos defensivos, solicite a orientação de um agrônomo
para conhecer as doses corretas, a garantia de registro, seletividade aos
inimigos naturais e uso de equipamentos de proteção.
Produtos Recomendados
PRINCÍPIO ATIVO | GRUPO QUÍMICO |
Abamectin | Avermectina |
Lufenuron | Benzoylureia |
Imidacloprid | Chloronicotinyl |
Pyridaphenthion | Organofosforado |
Diflubenzuron | Benzoylureia |
Tebufenozoide | Diacylhydrazida |
Acephate | Organofosforado |
Chlorpyriphos | Organofosforado |
Deltamethrin | Piretróide |
Óleos Minerais | - |
(testes realizados pela Gravena Manejo Ecológico)
Fonte: AGROBYTE.COM.BR
URL: http://www.agrobyte.com.br/minadora.htm
No detalhe galeria feita pela praga e no final no lado esquerdo da imagem
a larva minadora com coloração amarelada, preparando-se para empupar.
Imagem: Allandickson Morais
Imagem: Allandickson Morais
Imagem: Allandickson Morais
Necrose provocada pela praga.
Imagem: Allandickson Morais
Encarquilhamento das folhas apicais (mais novas), provocado pela larva.
Imagem: Allandickson Morais
Propriedade com cerca de 3ha de tangerina pokan. Irrigação por micro-aspersor.
Imagem: Allandickson Morais
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