ESTUDO DIRIGIDO AOS ARTIGOS SOBRE HERBICIDAS:
1) Os herbicidas utilizados nesse estudo estão enquadrados em que grupo?
Foram utilizados três herbicidas do grupo químico das sulfoniluréias e um do grupo dos imidazolinonas todos do GRUPO B, que são herbicidas inibidores da ALS.
2) Qual seu modo de ação?
Seu mecanismo de ação é baseado na inibição da síntese dos aminoácidos alifáticos de cadeia lateral: valina, leucina e isoleucina.
3) São sistêmicos ou de contato?
São sistêmicos do GRUPO B (inibidores da ALS).
4) Atuam especificamente em que tipo de plantas?
Atuam em plantas daninhas das espécies DCG.
5) Quais as espécies de plantas daninhas envolvidas no presente trabalho?
Foram utilizadas duas espécies de Bidens pilosa L. Uma resistente (R) e outra suceptível (S).
6) Foi realizado um trabalho de nível de ocorrência dessas espécies?
Sim.
7) Qual a importância desse parâmetro para o controle de plantas daninhas?
É muito importante se fazer vários testes para se saber como controlar essa planta daninha, pois através da curva de dose resposta (método utilizado), é determinado o índice C50, ou seja, a dose de herbicida necessária para controlar 50% da população. Este índice é usado para comparação entre os biótipos resistentes e suceptíveis. O uso de regressão não linear descrito por Stribig et al (1993) é o método adaptado para elaboração de curva de dose-resposta entre herbicida e planta daninha.
8) Se houver especificidade ação, explique os mecanismos?
O mecanismo se baseia na inibição dos aminoácidos alifáticos de cadeia lateral: valina, leucina e isoleucina. A via biossintética desses três aminoácidos apresenta em comum o uso de uma enzima chamada ALS, que participa na fase inicial do processo metabólico, catalizando um reação de condensação. Os herbicidas inibidores da ALS impedem que esta reação de condensação aconteça provocando, como consequência, o bloqueio na produção dos aminoácidos alifáticos de cadeia lateral. Quando o herbicida encontra-se presente dentro da célula de uma planta susceptível, ocorre um inibição não competitiva pelo herbicida com o substrato, de tal maneira que não ocorre a formação do acetolactato, indispensável, para que as demais reações prossigam, resultando na formação dos aminoácidos. A paralização na síntese dos aminoácidos leva a uma interrupção na divisão celular e paralização do crescimento.
9) Comente detalhadamente sobre os resultados obtidos no trabalho.
A análise de variância conjunta dos dados de porcentagem de fitotoxidade dos dois biótipos (R e S) foi significativa para os quatro herbicidas, mostrando efeito dos tratamentos. Quando as curvas de dose-resposta de dois biótipos (R e S) de uma mesma espécie de planta daninha, a determinado herbicida, são parlelas, é indicação que a causa da resistência do biótiopo R é decorrente da menor afinidade do herbicida ao seu sítio de ação. Quando as curvas não são paralelas, o mecanismo de resistência envolve outros fatores adicionais á modificação do local de ação ou seja a resistencia dos biótipos de plantas daninhas aos herbicidas inibidores da ALS são decorrentes de alteração do local de ação.
O biótipo R de B. pilosa apresenta resistência cruzada aos herbicidas inibidores da ALS, ou seja, resistente tanto para as sulfoniluréias (chlorimuron-ethyl, nicosulfuron e metsulfuron-methyl) quanto imidazolinonas (imazethapyr).
Os testes de paralelismo das curvas de dose-resposta não foram suficientemente confiáveis para concluir se o biótipo R de B. pilosa estudado tem como mecanismo de resistência à alteração no sítio de ação dos herbicidas inibidores da ALS. O biótipo R de B. pilosa tem resistência cruzada aos herbicidas do grupo químico das sulfoniluréias (chlorimuron-ethyl, nicosulfuron e metsulfuron-methyl) e ao herbicida do grupo das imidazolinonas (imazethapyr).
10) Relacione os resultados obtidos do trabalho com os mecanismos fisiológicos ocorrentes na planta.
O mecanismo de resistência envolve outros fatores adicionais á modificação do local de ação ou seja a resistencia dos biótipos de plantas daninhas aos herbicidas inibidores da ALS são decorrentes de alteração do local de ação. Um biótipo da planta daninha é resistente aos herbicidas inibidores da ALS devido a uma alteração do gene responsável pela codificação dessa enzima. A sequência de aminoácidos da enzima ALS é alterada, de tal forma que estes herbicidas não conseguem mais provocar a inibição não competitiva, assim a planta resistente produz os aminoácidos alifátocos de cadeia lateral mesmo com a presença do herbicida no local de ação.
Nome do artigo: CURVAS DE DOSE-RESPOSTA DE BIÓTIPOS RESISTENTES E SUCEPTÍVEIS DE Bidens pilosa L. AOS HERBICIDAS INIBIDORES DA ALS.
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